O presidente do BNDES, Carlos Lessa, admitiu nesta terça-feira, durante entrevista em que analisava a fusão TAM/Varig, a possibilidade de que a empresa resultante seja estatal.
Ao responder a pergunta sobre se a participação do banco no capital da nova empresa poderia ser majoritária, Lessa disse:
– Não necessariamente. Só se for indispensável – acrescentando que – provavelmente não será necessário. O Brasil é um país suficientemente grande para ter que ter aviação civil. Nós não queremos que seja estatal. Agora, o Brasil não pode deixar de ter aviação civil, não pode.
A possibilidade de que a nova empresa aérea contasse com participação acionária do BNDES já havia sido levantada por Lessa.
Lessa já disse também que o BNDES não dará financiamentos para a Varig ou para a TAM, mas só para a nova empresa. Dirigentes da FRB (Fundação Ruben Berta), controladora da Varig, divulgaram carta aberta a Lula, na qual pediram que o BNDES libere recursos para que ela possa operar até que a fusão seja concretizada.