Uma crescente tendência de migração e de remessas de dinheiro por trabalhadores do exterior vai continuar, tendo impacto significativo na redução da pobreza em países em desenvolvimento, disse nesta sexta-feira um economista do Banco Mundial.
– A migração e as remessas vieram para ficar. Elas aumentaram nas últimas três décadas e continuarão a subir. Isso vai gerar ganhos significativos de bem-estar – disse Dilip Ratha durante um seminário em Cingapura sobre perspectivas da economia global.
As remessas recebidas por países em desenvolvimento, estimadas com base em dados oficiais, devem somar US$ 167 bilhões este ano, um aumento de 73% em relação a 2001, de acordo com um relatório publicado pelo Banco Mundial no mês passado. Segundo Ratha, esse número pode chegar a US$ 250 bilhões se as remessas enviadas por canais informais, como via amigos, forem incluídas. Índia, China e México foram os três maiores receptores de remessas em 2004, afirmou o Banco Mundial.