Bernardinho critica Lula e elogia Kaká

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Publicado segunda-feira, 11 de setembro de 2006 as 10:43, por: CdB

O técnico da Seleção Brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, é considerado um exemplo de sucesso e perseverança no esporte brasileiro. Reconhecido como líder nato de seus times e seleções, o comandante não se incomoda de criticar o atual presidente Lula, deixar Ronaldinho de lado e elevar Kaká ao posto de melhor jogador brasileiro no futebol.

Em entrevista, Bernardo Rocha de Azevedo coloca o País como um nação sem rumo e posiciona Lula fora de prumo, sem liderança para comandar, com pulso firme, sua população.

– É um projeto um pouco sem rumo. É um time mal liderado. Não sei se é um time. Faço um paralelo do país com o voleibol: nós até hoje não nos vimos como um verdadeiro time. Cada um quer ser apenas o melhor jogador, se beneficiar de um prêmio individual, quando o prêmio tem que ser coletivo. Aqui na seleção não existem mais prêmios individuais. Quando alguém é premiado como melhor levantador, divide o prêmio com os outros jogadores: 50% do prêmio permanece com ele, 50% vai para os outros 11 jogadores, que viabilizaram a ele aquela atuação”, disse ao diário.

– Falta um rumo para a liderança. Falta não sei se capacidade. Às vezes falta condição -completou.

Questionado sobre suas ações caso assumisse a presidência da República, o técnico voltou a criticar o governo e a formação de sua equipe.

– Traria pessoas com experiência e conhecimento para atuar nas diversas áreas. Tem que acabar com as vinculações políticas. Isso leva à ineficiência. Não há meritocracia. Há troca de favores e acordos – explicou.

Decepcionado pelas atuações de Lula, Bernardinho reconhece que o voto, nas eleições de outubro, devem ir para o principal concorrente do líder do PT.

– Provavelmente no Alckmin – confirmou.

Fora das quadras sintéticas, o técnico dá seus palpites no campos gramados. E afirma que Kaká que é o melhor jogador brasileiro no momento.

– Hoje? Kaká. Além do talento, que não é igual ao do Ronaldinho, ele sintetiza a questão do líder, do exemplo. Não que o Ronaldinho dê mau exemplo, mas seu brilho é um pouco mais individual. De longe é difícil falar, mas a impressão é que o Kaká tem um pouco mais de capacidade de liderança, o que para formar equipes é muito importante.