Bento XVI vai se defender de acusação de acobertar pedófilo

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Publicado terça-feira, 8 de novembro de 2022 as 14:06, por: CdB

A denúncia foi apresentada em junho passado por uma vítima do padre pedófilo Peter Hullerman, transferido para a Arquidiocese de Munique e Freising em 1980, durante a gestão de Joseph Ratzinger como arcebispo, após ter sido acusado de violentar um garoto de 11 anos.

Por Redação, com ANSA – da Cidade do Vaticano

O papa emérito Bento XVI vai se defender de uma denúncia de acobertamento de um padre pedófilo apresentada na Justiça da Alemanha.

Joseph Ratzinger abdicou do comando da Igreja Católica em 2013

A informação foi confirmada à agência italiana de notícias ANSA pela porta-voz do Tribunal de Traunstein, na Baviera, que acrescentou que a defesa do ex-pontífice ainda “não apresenta elementos de conteúdo”.

A denúncia foi apresentada em junho passado por uma vítima do padre pedófilo Peter Hullerman, transferido para a Arquidiocese de Munique e Freising em 1980, durante a gestão de Joseph Ratzinger como arcebispo, após ter sido acusado de violentar um garoto de 11 anos.

Segundo a ação, Bento XVI tinha “conhecimento da situação e no mínimo não levou em consideração que esse sacerdote pudesse repetir seus crimes”.

Em Munique, Hullerman manteve suas funções pastorais e continuou cometendo abusos contra menores de idade. Ele só seria condenado em 1986, porém com pena suspensa.

Violência sexual

A denúncia chegou na esteira de um relatório que listou pelo menos 497 vítimas de violência sexual na Arquidiocese de Munique e Freising entre 1945 e 2019, englobando inclusive o período de Ratzinger como arcebispo (1977-1982).

O relatório independente aponta “comportamentos errôneos” de Bento XVI em pelo menos quatro casos, incluindo o de Hullerman, e diz que não foi possível identificar um eventual interesse de Ratzinger pelas vítimas.

O documento também contém uma declaração por escrito em que o papa emérito nega que soubesse do histórico de crimes de Hullerman, mas, após a repercussão negativa, Bento XVI retificou seu pronunciamento e admitiu ter participado de uma reunião em janeiro de 1980 para discutir o caso do padre.

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