O presidente norte-americano Barack Obama condenou nesta quinta-feira a violência na Venezuela e apelou ao governo do país para que os manifestantes presos sejam libertados. Para Obama, a violência na Venezuela é “inaceitável” e os Estados Unidos, juntamente com a Organização dos Estados Americanos (OEA), pedem que o governo do país promova o diálogo.
Em entrevista à imprensa no final de uma reunião de cúpula de líderes da América do Norte em Toluca, no México, Obama pediu que o governo de Nicolás Maduro atenda as reclamações legítimas do seu povo em vez de desviar a atenção expulsando diplomatas norte-americanos com “falsas acusações”.
Seis pessoas morreram na Venezuela durante as manifestações convocadas pela oposição contra o governo há uma semana.
Líder da oposição
O Tribunal 16 de Controle, da Venezuela, decidiu que o líder da oposição Leopoldo López permanecerá detido no Centro de Processados Militares (casa de detenção militar), em Ramo Verde, Los Teques, no estado de Miranda, enquanto aguarda o julgamento. A informação foi repassada pela imprensa local, que acompanhou a audiência feita no fim da tarde dessa quarta-feira.
López é acusado de terrorismo, lesões graves, incêndio de prédios públicos, danos a propriedade pública, intimidação pública, instigação, delinquência e delitos de associação. O julgamento final deve ocorrer em 48 horas, segundo a imprensa. O líder oposicionista foi detido terça-feira, acusado pelo governo da Venezuela de mentor intelectual dos atos violentos no país.
López foi levado para um presídio fora de Caracas, segundo o governo, para a segurança dele. A organização não governamental Human Rights Wath pediu que ele seja liberado de maneira “rápida, imediata e incondicional”.