Bancos de armazenamento de cordão umbilical têm 23.850 unidades preservadas

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Publicado sexta-feira, 3 de novembro de 2017 as 12:15, por: CdB

Entre 2013 e 2016, observou-se a tendência de diminuição no número de unidades coletadas e armazenadas pelos bancos. A queda nas coletas foi de 48% para o setor privado e em torno de 30% para o setor público

Por Redação, com ACS – de Brasília:

Você sabia que mais de 80 doenças podem ser tratadas por meio do transplante de células-tronco presentes no cordão umbilical de recém-nascidos?

Rico em células-tronco, cordão umbilical pode ser armazenado e doado a pacientes que necessitam de transplante de medula óssea

Isso porque o sangue de sua estrutura, rico em células-tronco hematopoéticas; pode ser coletado após o nascimento do bebê e armazenado para ser doado a pacientes que necessitam de transplante de medula óssea. O procedimento acontece de forma indolor e segura.

Segundo a pediatra e neonatologista Marily Soriano, do Hospital Santa Luzia, em Brasília; “o transplante de medula óssea é indicado como tratamento de diversas doenças; como leucemias, linfomas, anemias graves, anemias congênitas; hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas e mieloma múltiplo”.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), até setembro de 2017; foram preservados 23.850 unidades de cordão umbilical nos bancos públicos do país e 186 unidades utilizadas em transplantes.

Os bancos de sangue de cordão umbilical são os responsáveis pela obtenção; realização de exames, processamento, armazenamento e fornecimento de células-tronco hematopoéticas de sangue de cordão umbilical. O uso terapêutico desse material segue critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo a Anvisa, existem 13 bancos públicos e 19 bancos privados em atividade no País. Entre 2013 e 2016, observou-se a tendência de diminuição no número de unidades coletadas e armazenadas pelos bancos. A queda nas coletas foi de 48% para o setor privado e em torno de 30% para o setor público.

Como aderir

O Inca informa que os bancos da rede pública, unidos na chamada “Rede BrasilCord”, atuam em maternidades previamente selecionadas; nas quais, por meio de protocolo uniformizado, as gestantes são abordadas nos ambulatórios de pré-natal e no pré-parto.

A elas são aplicados formulários que apresentam informações pessoais, da gestação do parto e do recém-nascido; e um termo de consentimento informado.

Essas gestantes são orientadas sobre a importância da doação do sangue do cordão umbilical por profissionais treinados pelos bancos. Também recebem informações sobre a segurança da doação para elas; e para o bebê e são checados os exames realizados no pré-natal, a evolução da gestação e os fatores de risco.

Os centros de saúde que realizam o procedimento e compõem a Rede Brasil Cord são: o Inca, no Rio de Janeiro; os Hospitais Albert Eisntein e Sírio Libanês, em São Paulo; além dos hemocentros de Campinas; Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Belém, Fortaleza, Recife, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis.