Banco reúne investidores em fundo de agronegócio

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Publicado terça-feira, 28 de setembro de 2004 as 13:00, por: CdB

Os investimentos no campo começam a ganhar, a partir desta quarta-feira, em um café da manhã com 40 grandes investidores brasileiros na sede do Banco Arbi, na Zona Sul do Rio de Janeiro, uma nova energia para seguir adiante e manter, segundo o diretor do banco, Luis Fernando Pessôa, “o ritmo de crescimento de um país que chega ao fenômeno de quatro safras por ano”. A aplicação de recursos em negócios de médio e longo prazos, a exemplo do venture capital apresentado com a administração e auditoria do Banco Mellon Brascan, segundo Pessoa, “tem sido uma opção cada vez mais presente no mercado”.

Cada empresa escolhida para integrar a carteira do fundo em agrobusiness, a ser formado a partir do encontro realizado nesta manhã, como afirma o diretor do Banco Arbi, é uma forte candidata à lista de companhias das bolsas de valores, dentro e fora do Brasil.

– Com o nível de exigência dos investidores na questão da segurança em seus investimentos que, no caso deste fundo, conta com a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a administração diária do Banco Mellon Brascan, as empresas no setor tecnológico em soluções para a pecuária e a agricultura também precisam estar adequadas a estes parâmetros.

Princípios da governança corporativa – método administrativo que assegura aos sócios equidade, transparência, prestação de contas (accountability) e responsabilidade pelos resultados obtidos no negócio -, segundo Luis Fernando Pessôa, são noções que permitirão às pequenas e médias empresas brasileiras evitar um dos principais motivos para o alto índice de insucessos observado entre aquelas de um a cinco anos de formação, e chegar com solidez ao mercado acionário.

– As empresas precisam crescer bem administradas, dentro dos princípios da governança corporativa, e se desenvolver não com dívidas, mas com sócios. Estes, no entanto, escolhem aqueles investimentos que reúnam os ingredientes necessários a um retorno seguro e rentável do capital aplicado. Não temos dúvida que, em um país com as planícies do Centro-Oeste, ideais para pastagens e soja, e o clima de uma região como Petrolina, Ceará, que chega a quatro safras por ano de uvas e manga, o agrobusiness é um segmento no qual as aplicações de médio e longo prazos já são bastante atraentes. Estas, no entanto, demandam cada vez mais tecnologia para manter e aprimorar a competitividade dos produtos brasileiros, tanto no mercado interno quando no exterior – observou Pessôa.

O apoio de instituições voltadas ao desenvolvimento de tecnologia em agropecuária, a exemplo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) ao desenvolvimento de soluções para o setor, segundo Pessôa, “é fundamental para o sucesso dos empreendimentos em curso”.

– A posição do Brasil se fortalece na medida em que instituições do porte da Embrapa investem na busca de melhores resultados em segmentos onde o país apresenta chances substanciais de desenvolvimento – afirmou.