Bairros do Rio contam com câmeras para ajudar no policiamento

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Publicado domingo, 26 de março de 2006 as 16:54, por: CdB

Nove batalhões da Polícia Militar já estão equipados com câmeras para monitoramento. O projeto tem custo total de R$ 52 milhões e vai instalar um total de 220 câmeras nos 22 batalhões da Região Metropolitana. Até agora, contam com o sistema de monitoramento os batalhões de Copacabana, Leblon, Ilha do Governador, Maré, Praça Tiradentes, Praça da Harmonia, Olaria, Botafogo e Barra da Tijuca. Cada um conta com 10 câmeras, instaladas em pontos estratégicos, com movimentos de 360 graus e aproximação (zoom) de até 200 vezes.

As câmeras captam imagens nas ruas que são enviadas à central do batalhão respectivo, onde são monitoradas por operadores e pelo comando da unidade. Qualquer atitude suspeita ou mesmo o ato criminoso em si captado é checado na hora, porque da central o comando localiza a patrulha ou policiais mais próximos e os envia para lá.

– As câmeras são um instrumento utilizado no mundo todo a favor da população, prevenindo crimes e muitas vezes colhendo provas, que auxiliam em investigações e processos criminais – destacou o secretário de Segurança Pública, Marcelo Itagiba, que deixa o cargo esta semana para concorrer a uma vaga no Legislativo.

As imagens dos batalhões e de outros sistemas de câmeras fora da polícia, como os da Linha Vermelha e da CET-Rio, são remetidas concomitantemente à Central de Comando e Controle, na Secretaria de Segurança Pública, no prédio da Central do Brasil. Elas permitem ao comando da segurança do estado uma ampla visão do que ocorre na Região Metropolitana, inclusive para o planejamento de grandes ações policiais.

O primeiro batalhão a receber o sistema de monitoramento de câmeras foi o de Copacabana. As câmeras instaladas na orla, entre o Leme e o Posto Seis, além de outras ruas do bairro, possibilitou uma série de flagrantes que evitaram assaltos a turistas e furtos de pedestres, entre outros delitos. Em outros batalhões, como o da Maré e o de Olaria, as câmeras possibilitam a vigilância para outros tipos de crimes, já que monitoram favelas do Complexo da Maré, Vigário Geral e Parada de Lucas. O sistema tem como uma de suas funções evitar o confronto entre traficantes.

Além da vigilância eletrônica, também está previsto para início de funcionando, em cerca de três meses, o novo serviço 190 – que terá sua capacidade ampliada de 22 para 100 atendentes – e a central de despachos de carros de polícia, que serão monitorados por radar. O governo do estado está investindo R$ 35 milhões nos dois projetos.