Baía de Sepetiba está ameaçada por lixo tóxico

Todo o lixo tóxico amontoado em 15 metros de altura por 100 metros de largura, fica no meio de uma barragem de contenção, que está sem manutenção há oito anos. Por causa das chuvas e das fissuras no dique, o lixo já escorreu para um lago que cerca a barragem, contaminando 50 milhões de litros de água.

Os promotores querem a construção de obras emergenciais, e a apresentação de um plano de recuperação, antes que as chuvas de verão piorem a situação. A ação civil pública tem como base mais de 10 laudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Ibama, da Feema, da Serla e da Comissão Ambiental da Assembléia Legislativa. Todos mostram a iminência de uma tragédia ambiental.

Foram feitas perícias na montanha que acumula toneladas de metais pesados. De acordo com o resultado, o dique é como se fosse uma bomba relógio que já foi acionada há muito tempo e que pode explodir a qualquer momento.

– A gente não pode esperar o desastre acontecer para depois correr atrás de quem é o culpado. O poder público tem o dever de evitar que o desastre aconteça –  afirmou a procuradora da República Anaiva Oberst.