Atentado a bomba mata dois soldados norte-americanos no Iraque

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Publicado sábado, 13 de março de 2004 as 10:16, por: CdB

A explosão de uma bomba matou dois soldados norte-americanos e deixou outros cinco feridos em estado grave. O ataque ocorreu antes do amanhecer de sábado, durante uma patrulha em Tikrit, cidade natal de Saddam Hussein, informou o exército dos Estados Unidos.

A explosão eleva para 385 o número de soldados norte-americanos mortos em ação desde o início da guerra para derrubar Saddam Hussein e mostra que as forças norte-americanas e de coalizão ainda enfrentam perigos, quase um ano depois da queda do ditador iraquiano.

Os soldados mortos faziam parte da Primeira Divisão de Infantaria e haviam chegado recentemente ao país para substituir a Quarta Divisão de Infantaria, que ficou no país durante um ano.

Os ataques à beira de estradas, com bombas geralmente colocadas em latas de Coca-Cola ou dentro de animais mortos e detonadas por controle remoto, são um dos métodos mais comuns usados pelos iraquianos para atacar as forças de ocupação.

Dois outros soldados norte-americanos morreram em um ataque semelhante a oeste de Badgá, na quinta-feira.

Os ataques ocorreram depois da morte, por policias iraquianos, de dois civis norte-americanos que trabalhavam na Coalizão de Autoridade Provisória.

Os dois civis, Fern Holland, 33 anos, um advogado que trabalhava em questões de direitos humanos, e Robert Holland, 44 anos, ex-fuzileiro naval que trabalhava como assessor de imprensa, viajavam de carro de Kerbala a Hilla, ao sul de Bagdá. O tradutor iraquiano que viajava com eles também morreu no ataque.

Segundo um integrante das forças de coalizão, as mortes serão investigadas pelo FBI.

O exército dos EUA confirmou a prisão de seis suspeitos de envolvimento no incidente e disse acreditar que quase todos sejam integrantes legítimos da polícia iraquiana, que podem ter se infiltrado nas forças de ocupação.

“Quatro destas pessoas portavam documentos atuais e válidos de identificação do serviço policial iraquiano”, disse o general brigadeiro Mark Kimmitt, vice-diretor de operações do exército norte-americano no Iraque, durante uma entrevista coletiva na sexta-feira.

Segundo Kimmitt, o quinto suspeito é um ex-policial do governo de Saddam, e o sexto suspeito é um civil.
Há meses, as forças norte-americanas têm contratado e treinando iraquianos para fazer parte da polícia local, na esperança de que possam vir a assumir a responsabilidade pela segurança no país.