Atenção aos 200 maiores colégios eleitorais

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Publicado sexta-feira, 17 de novembro de 2023 as 09:58, por: CdB

Após 2022, a política busca estratégias em meio à polarização, refletindo um país dividido e o jogo de influências para o futuro. Como num cabo de guerra, os dois extremos se mantém fortes e ativos.

Por Luciano Siqueira – de Brasília

Passada a grande batalha de 2022, a luta eleitoral praticamente não cessou. De olho em 2024, correntes políticas de ambas as bandas polarizadas desde então especulam alternativas táticas mirando a acumulação de forças para 2026.

Passada a grande batalha de 2022, a luta eleitoral praticamente não cessou

Óbvio que ainda está muito cedo para a consolidação de candidaturas majoritárias e de alianças. Tomarão impulso depois do peru do Natal e da champanhe do réveillon.

Quase nada do que se especula agora tem sustança, seja pela tradição de fragilidade da grande maioria das legendas partidárias (personas em geral são mais importantes do que os coletivos), seja pela possibilidade de mudança de legenda quando da chamada “janela” pré eleitoral.

País segue politicamente dividido

Mais: o país segue politicamente dividido ao meio e o fator potencialmente desequilibrante (o governo Lula) acumula um misto de êxitos parciais e importantes interdições políticas, institucionais e financeiras.

Como num cabo de guerra, os dois extremos se mantém fortes e ativos.

Daí se especular sobre a possível influência tanto de Lula como de Bolsonaro no curso da disputa nas 200 cidades grandes e médias do país.

À esquerda, um desafio irrecusável: a conquista política de expressivas parcelas do eleitorado.

Vale dizer, a combinação do debate de ideias destinado a esclarecer o que acontece no país, e se reflete em cada comunidade ou segmento social, com a retomada dos vínculos com a classe trabalhadora e amplos segmentos sociais que constituem a base beneficiária e potencialmente apoiadora das forças que governam o país.

Para o PCdoB, o possível acúmulo de forças por essa via se vincula à preparação da conquista de mais cadeiras no Congresso Nacional (Câmara dos Deputados em especial), em 2026.

O fato é que, seja em cidades cuja tradição é de disputas ultrapolitizadas (o Recife, por exemplo), seja em cidades nem tanto, as dimensões nacional e local da disputa se cruzarão inevitavelmente.

Acompanhemos. 

 

 

Luciano Siqueira, é Médico, vice-prefeito do Recife, membro do Comitê Central do PCdoB

As opiniões aqui expostas não representam necessariamente a opinião do Correio do Brasil

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