Ataques mútuos pontuam a propaganda eleitoral gratuita

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Publicado sexta-feira, 20 de outubro de 2006 as 11:36, por: CdB

Nesta sexta-feira, a nove dias das eleições, o presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), usou seu tempo de propaganda no rádio para falar sobre o tema “Transportes”. Já o seu adversário, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a usar a propaganda eleitoral gratuita para atacar o governo. O programa eleitoral no rádio começou com Alckmin exercendo direito de resposta de um minuto dentro do tempo de Lula, concedido à Coligação Por um Brasil Decente depois que a campanha petista sugeriu que Alckmin teria agido de forma excusa para esconder irregularidades em seu governo no Estado de São Paulo impedido a abertura de CPIs.

Mas o programa de Lula voltou ao tema no encerramento da propaganda, quando o narrador disse que Alckmin “não deveria ser tão arrogante”, porque “os tucanos impediram o funcionamento de 69 CPIs”. A lista citada pelo programa inclui a CPI da Nossa Caixa, que investigaria gastos irregulares com publicidade, e das obras de ampliação da calha do Tietê e do Rodoanel.

O programa de Lula começou com críticas à atuação do “governo anterior” no setor de transporte, dizendo que as ferrovias foram abandonadas e a indústria de construção naval, esquecida. Em seguida, chamou a atenção para as ações na recuperação de estradas, investimentos na ferrovia Transnordestina, na reforma e ampliação de 19 aeroportos e a construção de plataformas da Petrobras.

Alckmin escolheu abrir o programa respondendo a afirmações, chamadas de boatos, feitas pela campanha de Lula sobre privatizações e o Bolsa Família. Um narrador sugere aos eleitores que pensem em “quem está por trás” dos boatos e cita os escândalos do mensalão e dos sanguessugas. Depois, o próprio Alckmin responde diretamente ao que chama de “mentiras de Lula e do PT” e diz que não vai privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal e que vai aumentar o Bolsa Família.