Assassino de crianças do RS já foi detido três vezes

O autor confesso das mortes de 12 crianças no norte do Rio Grande do Sul já havia sido detido três vezes pela polícia gaúcha antes de sua prisão, ocorrida nesta semana. Adriano da Silva, 25 anos, já teria passado pelas polícias de Soledade, Marau, além de Passo Fundo.

Até então, só se sabia que no dia 1º de novembro, Adriano havia sido detido pelo avô do menino Leonardo Dornelles, Gediom Dornelles, e encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia de Passo Fundo como o suposto assassino do garoto. Como ele apresentou a identidade de seu irmão, Gabriel Vicente da Silva, que não tinha antecedentes, acabou sendo liberado.

A polícia não sabia que Adriano, na verdade, era foragido da Justiça do Paraná, condenado a 27 anos de detenção por latrocínio (roubo com morte) e ocultação de cadáver. Segundo a delegacia de Passo Fundo, no Infoseg (sistema nacional de dados de condenados e foragidos) não havia dados sobre a sua condenação naquele Estado.

O que não se sabia é que antes disso, ele já havia passado também pela Polícia Civil de Soledade e pela Brigada Militar de Marau. Nos dois casos, ele também usou o nome de seu irmão e foi liberado. Em Soledade, Adriano foi preso no dia 23 de julho pelo furto de um par de botas em uma loja da cidade. No dia 13 de agosto, a BM de Marau registrou um Termo Circunstanciado por porte de uma faca e de duas chaves micha.

Estas duas primeiras ocorrências de Adriano, usando o nome de Gabriel, também não constavam no sistema quando ele detido pela terceira vez, no dia 1º de novembro, em Passo Fundo.

A reconstituição dos casos, prevista para começar nesta quinta, foi adiada para a sexta, já que não haveria tempo hábil para que os peritos acompanhassem as investigações. Adriano permanece na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).