Desde a semana passada, Cajado se reuniu com representantes de sete bancadas partidárias da Câmara, que respondem por 347 deputados. À exceção do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o relator do projeto diz ter ouvido um uníssono pedido para que o texto tenha mais medidas de controle de gastos.
Por Redação – de Brasília
Às vésperas da apresentação do relatório do novo arcabouço fiscal na Câmara, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) vem sendo pressionado por parlamentares a endurecer o texto elaborado pela equipe do Ministério da Fazenda, incluindo mais sanções e gatilhos para cortar o aumento de gastos caso a meta fiscal estipulada não seja cumprida. A apresentação do texto deve ser adiada para a próxima semana.
Desde a semana passada, Cajado se reuniu com representantes de sete bancadas partidárias da Câmara, que respondem por 347 deputados. À exceção do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o relator do projeto diz ter ouvido um uníssono pedido para que o texto tenha mais medidas de controle de gastos caso o governo não alcance as metas para as contas públicas.
Base do governo
Entre as medidas propostas pelos parlamentares estão a proibição de dar aumento acima da inflação a servidores, de abrir novos concursos públicos e oferecer benefícios fiscais. “Todos pedem algum tipo de ‘enforcement’ (esforço para fazer cumprir a meta)”, disse Cajado ao Estadão, após sair da quinta reunião do dia, na noite de terça-feira, 9.
Cajado se reuniu com deputados de União Brasil, PP, Podemos, Republicanos, PSDB/Cidadania, PT e PL. Nesta quarta, será a vez de PSB e PSD, dois partidos que estão na base do governo Lula mas que votaram, no marco do saneamento, contra as diretrizes do Palácio do Planalto.