Apple planeja expandir iTunes na Europa em outubro

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Publicado quarta-feira, 29 de setembro de 2004 as 14:01, por: CdB

A Apple Computer está planejando a próxima onda de expansão para sua popular loja online de música iTunes, com lançamentos em vários países europeus marcados para outubro, informou o executivo responsável pelo serviço. “Estamos bem adiantados no processo de lançar novas lojas na União Européia. E vai tudo acontecer no mês que vem”, disse Eddie Cue, vice-presidente de aplicativos da Apple, a executivos da indústria fonográfica reunidos na conferência anual Popkomm, na capital alemã.

Em típico estilo Apple, a fabricante de computadores forneceu poucos detalhes quanto ao muito aguardado lançamento. Ele disse a jornalistas, durante o evento, que era provável que novas lojas surgissem em mais de cinco países, na próxima leva de lançamentos. “Cobriremos uma boa porção da Europa Ocidental”, afirmou ele, sobre o lançamento, mas preferiu não se aprofundar.

Operando no Reino Unido, França, Alemanha e Estados Unidos, a iTunes vendeu mais de 125 milhões de downloads. Embora a loja se tenha tornado grande sucesso nos Estados Unidos e Reino Unido, encontrou mais dificuldades na Europa continental, onde a pirataria online continua sendo enorme. A famosa burocracia européia e a multiplicidade de idiomas também dificultam a chegada a esses mercados. A Apple reconheceu na quarta-feira que está encontrando dificuldades para obter repertório de músicos locais em alguns países.

Encontrar espaço nos mercados da Itália e Holanda, dois dos 10 maiores do mundo, é uma peça importante da estratégia de expansão de serviços online de download como o da Apple e rivais, a exemplo do Sony Connect, da Sony, MSN Music, da Microsoft, e Napster. Os analistas dizem que superar alguns dos obstáculos institucionais vai fazer com que as vendas na Europa continental demorem a se aproximar dos níveis norte-americanos durante alguns anos, uma situação desanimadora para as gravadoras, ansiosas por ver a proliferação de lojas online de música apoiadas pelas gravadoras, o que prejudicaria a ascensão das redes gratuitas de trocas de arquivos, como o Kazaa e o WinMX.