Alguns meses após o início das hostilidades, em solo ucraniano, Hersh disse à mídia russa que havia uma grande preocupação, entre outras coisas, com a revenda de sistemas de mísseis de elite capazes de derrubar aeronaves em grandes altitudes.
Por Redação, com Sputniknews – de Washington
O destino de boa parte do armamento encaminhado à Ucrânia pelo Ocidente vão parar no mercado negro, “mas a mídia ignora isso”, segundo o jornalista norte-americano Seymour Hersh, vencedor de um Prêmio Pulitzer. De fato, o chefe da CIA até advertiu o presidente ucraniano pela extrema corrupção de sua comitiva.
![Seymour Hersh](https://www.correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2023/04/hersh.jpg)
Alguns meses após o início das hostilidades, em solo ucraniano, Hersh disse à mídia russa que havia uma grande preocupação, entre outras coisas, com a revenda de sistemas de mísseis de elite capazes de derrubar aeronaves em grandes altitudes. Além disso, que há cerca de seis meses ou antes, a rede norte-americana CBS publicou uma reportagem sobre o assunto, que posteriormente acabou sendo retirada das plataformas.
Segundo o jornalista, já em uma fase inicial do conflito, Polônia, Romênia e outros países fronteiriços foram “inundados de armas” fornecidas pelo Ocidente à Ucrânia.
— Em outras palavras, vários comandantes militares, não sei em que nível, muitas vezes não no de generais, mas coronéis e outros, recebiam remessas de armas e as revendiam pessoalmente ou as mandavam para o mercado negro — afirmou.
Corrupção
Aparentemente, o nível de corrupção atingiu uma escala tão desproporcional que o próprio diretor da CIA, William Burns, teve que advertir Vladimir Zelensky durante sua visita a Kiev.
— A principal mensagem que eles queriam transmitir a Zelensky era esta: os oficiais e generais (norte-americanos) estão ficando muito zangados com você porque você está embolsando muito, levando mais — relatou Hersh.
Nas palavras do jornalista, os norte-americanos deram a Zelensky uma lista de 35 funcionários corruptos “que dirigiam por Kiev em novos carros Mercedes”. Ele acrescentou que dez das pessoas na lista negra já foram demitidas — embora deva ser notado que elas não foram processadas por acusações de corrupção, como foi o caso do vice-chefe do Gabinete do Presidente ucraniano, Kirill Timoshenko.
— A corrupção lá é simplesmente escandalosa. Sempre foi assim. A situação não está mudando — acrescentou.
Sanções
Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia realiza uma operação militar especial para defender as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), anteriormente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, contra o genocídio de Kiev.
Segundo o Kremlin, um dos objetivos fundamentais da operação é a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia. Muitos países que condenaram a operação apoiam Kiev com remessas de armas, doações, ajuda humanitária e sanções contra Moscou.