Análise de DNA confirma identidade de menina seqüestrada

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Publicado sexta-feira, 25 de agosto de 2006 as 10:34, por: CdB

A análise de DNA feita na jovem Natascha Kampusch, presa por mais de oito anos em um esconderijo subterrâneo sob uma garagem nos arredores de Viena, confirmou definitivamente sua identidade, nesta sexta-feira, informaram fontes da investigação.

A jovem conseguiu escapar de seu seqüestrador na quarta-feira e se refugiou na casa de uma vizinha na localidade de Strasshof, ao norte da capital austríaca.

Antes de conhecer os resultados das análises de DNA, Natascha já tinha sido identificada por seus parentes e devido a uma cicatriz atrás da orelha.

A imprensa austríaca publicou, ne sta sexta, novos detalhes sobre a fuga da jovem, seqüestrada em 2 de março de 1998, quando estava a caminho da escola em um bairro de Viena. Na quarta-feira, Natascha estava limpando com um aspirador o carro de seu seqüestrador, Wolfgang Priklopil, quando ele atendeu ao telefone e se afastou alguns metros de sua vítima.

A jovem aproveitou esse momento para sair correndo da garagem, cuja porta estava aberta, e refugiar-se no jardim de uma vizinha.

– A senhora tem um jornal velho, do ano de 1998 – foi a primeira pergunta que Natascha fez à vizinha em uma tentativa de revelar sua identidade.

Quando Priklopil se deu conta de que Natascha tinha fugido, pegou seu carro para procurá-la. Ao não encontrá-la, o seqüestrador se suicidou jogando-se em uma linha de trem urbano ao norte de Viena.

A ministra do Interior da Áustria, Liese Prokop, anunciou, nesta sexta, que os investigadores retomarão os interrogatórios de Natascha na segunda-feira para esclarecer as condições de seu seqüestro, que comoveu não só à república alpina, mas toda a Europa.

A ministra rejeitou acusações surgidas nos últimos dias de que a Polícia austríaca não teria feito tudo que estivesse a seu alcance para deter o seqüestrador há oito anos.

As buscas por Natasha foram a maior operação do pós-guerra na Áustria para achar uma pessoa desaparecida.

Priklopil foi interrogado pelos agentes da Polícia como suspeito, mas foi descartado por falta de indícios e por não ter antecedentes penais.

A Polícia também investiga se houve cúmplices no seqüestro da jovem e seu posterior cativeiro.