Amorim: Missão nos EUA visa buscar investimentos

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado quarta-feira, 23 de junho de 2004 as 10:18, por: CdB

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, assegura que o país está preparado para receber novos investidores estrangeiros. E que a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Nova York, acompanhado de oito ministros, tem o objetivo de mostrar aos empresários americanos, canadenses e mexicanos o bom momento econômico que o Brasil vive.
– Para o investidor e as relações políticas, a confiança é um elemento essencial. Esse cara-a-cara cria confiança para negociar – afirmou Amorim.

O ministro conversou com repórteres ao embarcar para a viagem aos Estados Unidos:

Qual a importância desta viagem a Nova York?

O seminário realizado em Genebra, na Suíça, no início deste ano, com investidores europeus, foi muito produtivo. Então, achamos importante fazer um seminário deste tipo também nos Estados Unidos, para falar sobre a política macro-econômica e industrial em diversas áreas, como Minas e Energia, e divulgar o modelo de Parceria Público Privada (PPP).

Quais as áreas onde os empresários poderão investir de imediato e com segurança no Brasil?

As áreas são as mais variadas: de manufaturas a infra-estrutura. O PPP cria possibilidades novas, poderá abrir novos mercados no Brasil. Os investidores querem encontrar uma economia estável e com perspectiva de crescimento. Eu acho que os ministros poderão transmitir isso. Esta viagem será uma oportunidade de o governo brasileiro transmitir uma visão positiva do que está ocorrendo no Brasil, do ponto de vista da macro-economia, da estabilidade, das exportações, da redução das vulnerabilidades.

Esta liderança pessoal do governo Lula nas viagens internacionais transmite confiabilidade do Brasil aos investidores?

Para o investidor e as relações políticas, a confiança é um elemento essencial. Esse cara-a-cara cria confiança, fator principal para negociar com um outro país. E o presidente Lula tem conseguido passar essa confiança para líderes políticos e líderes empresariais do mundo inteiro, como aconteceu em Genebra.

O que o governo brasileiro espera, na prática, após essa viagem a Nova York?

Esperamos algo equivalente ao sucesso do encontro realizado em Genebra, onde conquistamos novos investidores europeus e asiáticos, mas é claro que este retorno não vem de imediato. Estamos confiantes de que o PPP vai alavancar a nossa economia.

O Brasil está preparado para novos investimentos?

Certamente. O Brasil é um país pacífico, sem tensões. Isto é um fator muito importante para atrair investimentos. O Brasil é um pólo de atração que gera negócios.

O presidente Lula acredita que será possível envolver empresários estrangeiros no combate à fome e à miséria no mundo durante o Global Compact, promovido pela ONU?

O presidente Lula vem falando que não faltam boas idéias e intenções. O que falta é liderança política suficiente para cobrar maior envolvimento. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, tomou uma bela iniciativa ao propor o Global Compact, mas nem todas as lideranças se envolveram suficientemente nesta campanha. O Global Compact é uma janela de oportunidades para um maior envolvimento mundial na área social.