Alemanha registra primeira morte pela variante Ômicron

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Publicado quinta-feira, 23 de dezembro de 2021 as 10:53, por: CdB

 

Foram notificados 810 novos casos de Ômicron no país, elevando o número total de casos com a variante mais contagiosa para 3.198. Os únicos casos contados são aqueles detectados por um sequenciamento do genoma completo ou por uma suspeita.

Por Redação, com Reuters e DW – de Berlim

O Instituto Robert Koch de doenças infecciosas da Alemanha confirmou a primeira morte do país devido à variante Ômicron do coronavírus nesta quinta-feira.

Alemanha registra primeira morte pela variante Ômicron do coronavírus

A pessoa tinha entre 60 e 79 anos, informou o instituto.

Foram notificados 810 novos casos de Ômicron no país, elevando o número total de casos com a variante mais contagiosa para 3.198.

Os únicos casos contados são aqueles detectados por um sequenciamento do genoma completo ou por uma suspeita diagnóstica baseada em um teste de PCR específico para a variante.

Ômicron deve se tornar dominante

A variante Ômicron do coronavírus, que já responde pela maioria dos casos em países como Reino Unido, Dinamarca e Estados Unidos, deve se tornar a dominante também na Alemanha em poucas semanas.

O chefe do Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental alemã para a prevenção e controle de doenças, disse na quarta-feira que espera que o recente declínio de infecções no país sofra um revés em breve.

Lothar Wieler alertou que a variante Ômicron deve se tornar a dominante em meados de janeiro.

– Nos últimos dias, o número de casos diminuiu, mas, infelizmente, isso não é um sinal de abrandamento – disse ele em entrevista coletiva em Berlim. “Precisamos diminuir os números, que ainda são muito altos de casos. (…) O Natal não deve ser a faísca que acende o fogo da ômicron”, completou.

Quinta onda

Em reunião na terça-feira, o chanceler federal, Olaf Scholz, e os governadores dos 16 Estados alemães concordaram em impor novas restrições, inclusive para vacinados e recuperados, logo após o Natal.

No entanto, o ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, afirmou na quarta-feira que já não é mais possível evitar uma quinta onda do coronavírus, impulsionada pela Ômicron.

– Estamos em uma situação em que, aos poucos, conseguimos controlar a (quarta) onda e com a variante delta – disse ele em Berlim, ao lado de Wieler. “No entanto, esperamos uma quinta com certeza”, alertou.

Importância das vacinas

O ministro disse que as vacinas de reforço são fundamentais na luta contra o coronavírus, com eficácia na prevenção de casos graves em mais de 90%.

Lauterbach também revelou que a Alemanha encomendou 80 milhões de doses de uma vacina específica contra a ômicron, produzida pela BioNTech. No entanto, a entrega não deve ocorrer antes de abril ou maio. Atualmente, a principal vacina usada para o reforço na Alemanha é a da Moderna.

O país encomendou 4 milhões de doses do imunizante da Novavax, aprovado esta semana pela União Europeia.

De acordo com o site Our World in Data, da Universidade de Oxford, 69,7% dos alemães estão completamente vacinados contra a covid-19, e 32,3% já receberam a dose de reforço.

Apesar de não ter escassez de vacinas, boa parte da população se nega a se imunizar contra a covid-19.

Diante da ameaça da rápida disseminação da variante Ômicron do coronavírus, a Comissão Permanente de Vacinação da Alemanha (Stiko, na sigla em alemão) recomendou que a terceira dose seja aplicada com um intervalo de apenas três meses da vacinação completa.

Na quarta-feira, o Conselho de Ética da Alemanha recomendou a ampliação no país da obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 para adultos a partir dos 18 anos.

A Alemanha registrou nesta quarta-feira 45.659 novos casos de covid-19 e 510 mortes em razão da doença. No total, o país contabiliza 6.878.709 infecções e 109.324 óbitos desde o início da pandemia.

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