Alemanha e França vivem dilema para escolher goleiros

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Publicado quinta-feira, 20 de outubro de 2005 as 11:32, por: CdB

Oliver Kahn e Jens Lehmann disputam há vários meses quem deve ser o número um no gol da Alemanha na Copa do Mundo do próximo ano, no próprio país.

Agora, a França tem o mesmo problema. Gregory Coupet insiste que deve continuar sendo a primeira escolha, mesmo depois da volta de Fabien Barthez após suspensão de seis meses por ter cuspido em um árbitro.

O técnico Raymond Domenech está neutro até agora, mas em breve terá que tomar uma decisão, ironicamente no amistoso contra a Alemanha, no dia 12 de novembro, em Paris. Seu colega alemão, Juergen Klinsmann, teve a mesma dor de cabeça.

O ex-atacante criou uma confusão quando assumiu a seleção alemã, no ano passado. Ele tirou a faixa de capitão de Kahn e disse ao goleiro do Bayern de Munique que ele teria que disputar a vaga de titular na Copa com Lehmann.

A decisão provocou fortes críticas de pesos-pesados do Bayern, incluindo Franz Beckenbauer e Uli Hoeness, e Klinsmann demitiu Sepp Maier, do Bayern, do cargo de treinador de goleiros da seleção depois dos comentários negativos.

A esperança de Lehmann de ganhar a vaga de Kahn sofreu um golpe duro na última temporada, quando ele perdeu o posto de titular do Arsenal.

Desde então, Klinsmann tem confirmado Kahn como sua primeira escolha, apesar de os dois goleiros terem continuado a discutir.

– Tenho certeza de que estarei no gol na Copa do Mundo. Sempre pode acontecer de jogar os primeiros três jogos, então receber um cartão vermelho, mas tenho certeza de que vou jogar – disse Lehmann.

Kahn não demorou em responder.

– É impressionante a falta de respeito em levantar isso de novo. As regras parecem não ter significado algum para ele – declarou.

A França teve o mesmo problema durante anos. Barthez, um dos líderes no time campeão do mundo de 1998, e que ganhou o conquistou o título europeu dois anos depois, era o número um incontestável, mesmo com as constantes falhas nos clubes que defendia.

Com a suspensão, em maio, sua imagem foi prejudicada e ele deixou a vaga na seleção para Coupet, do Olympique de Lyon.

Ele foi bem nos quatro jogos que a França ainda tinha pelas eliminatórias, quando ainda lutava pela classificação. Logo depois, terminou a suspensão de Barthez.

O ambicioso Coupet, que foi importante nos quatro títulos franceses consecutivos do Lyon, deixou claro que achava que merecia ser o titular.

– Sempre sonhei em ser o número um do time. Sonho com isso desde que tinha seis anos, e agora não mudou. Com os anos, este sonho tornou-se uma obsessão. Sou um esportista e gosto de desafios. Consegui melhorar e agora estou no mesmo nível de Barthez. Tenho 32 anos e estou em uma das melhores fases da minha vida. Temos a chance de jogar a Copa do Mundo no próximo ano e não quero perdê-la. Provei deste bolo delicioso e estou pedindo mais – concluiu Coupet.