Alejandro Toledo completa três anos de governo com baixa popularidade

O presidente do Peru, Alejandro Toledo, completa nesta quarta-feira três anos de governo num cenário devastador: popularidade baixíssima, denúncias de corrupção e o Congresso nas mãos da oposição.

Presidentes latino-americanos já caíram por muito menos, mas analistas acreditam que Toledo permaneça no poder porque não há alternativas, já que falta credibilidade aos políticos.

Toledo venceu as eleições depois da destituição do ex-presidente Alberto Fujimori, no maior escândalo de corrupção do país. Atualmente, a popularidade de Toledo é de apenas 8%, devido às constantes acusações de corrupção e às promessas não cumpridas durante a campanha.

Mas Toledo resiste, num país cuja economia cresce há quatro anos numa média anual de 3%, uma das mais altas da região, principalmente por causa da mineração, um setor que não gera muitos empregos.

– As pessoas não sentem que haja peças de reposição. Assim como o presidente Toledo não tem credibilidade, a oposição também não tem – disse o diretor do jornal local “Peru.21” e analista político Augusto Alvarez.

Desde 2000, cinco presidente eleitos na América Latina foram obrigados a renunciar (Argentina, Bolívia, Peru, Equador e Haiti) antes de concluir seus mandatos.

Segundo uma pesquisa da Datum Internacional com uma amostra de 400 pessoas, divulgada na semana passada, cerca de 50% dos moradores de Lima acham que Toledo não terminará o mandato.