Agentes penitenciários decidem fazer nova paralisação

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Publicado segunda-feira, 3 de julho de 2006 as 11:40, por: CdB

Em protesto contra os recentes assassinatos de agentes penitenciários de São Paulo, o sindicato da categoria decidiu, nesta segunda-feira, fazer uma nova paraslisação de 24 horas. Subiu para cinco o número de ataques contra agentes penitenciários em menos de uma semana no estado – quatro morreram. Na noite deste domingo, Otacílio do Couto, 40 anos, foi morto quando ia para o trabalho.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro, que a polícia está preparada para fazer a segurança nos presídios em caso de greve.

Também neste domingo, em Guarulhos, na Grande São Paulo, o agente Joselito Francisco da Silva foi atacado a tiros em outro atentado, mas nada sofreu.

Na última quinta-feira, os agentes penitenciários dos 144 presídios do Estado de São Paulo fizeram uma paralisação de 24 horas para manifestar a revolta pela morte do agente Nilton Celestino, 41 anos, funcionário do Centro de Detenção Provisória de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Ele foi morto na manhã de quarta-feira a tiros por três homens na porta de casa.

De acordo com a rádio CBN, desde o início dos atentados promovidos pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) contra o Estado, em maio, 300 pessoas envolvidas com os ataques foram presas e 100 mortas pela polícia.


Ataques

Além do assassinato do agente Otacílio do Couto, 41 –  morto a tiros – também neste domingo, em Guarulhos, na Grande São Paulo, o agente Joselito Francisco da Silva foi atacado a tiros em outro atentado, mas nada sofreu.

Os atentados contra agentes teriam partido de lideranças do PCC do interior de presídios paulistas, em represália ao maior rigor disciplinar aplicado nas unidades após a onda de ataques de maio no Estado – que teve o saldo de pelo menos 123 mortes entre os dias 12 e 20, segundo números da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Do total de óbitos, 42 comprovadamente se referem a agentes de segurança e policiais.

Na época, a série de atentados e confrontos com a polícia teria sido motivada pela transferência de 765 presos para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no oeste do Estado.

Por conta da insegurança e das mortes, a categoria ameaçou fazer paralisação de 24 horas neste domingo, mas recuou devido à possibilidade de haver novas rebeliões, caso as visitas aos detentos fossem suspensas.

– Eles estão revoltados com o regime mais duro depois dos últimos ataques –  contou um agente, que não quis se identificar. De acordo com o ele, “a maioria dos agentes foi embora para o interior” e tem medo de voltar ao trabalho.

Mortes

O agente penitenciário Eduardo Rodrigues, 41 anos, foi morto na manhã de sábado por dois homens no bairro Jardim João 23, na zona oeste de São Paulo.

Na quinta-feira, Gilmar Francisco da Silva, 40 anos foi morto com sete tiros em frente a sua casa. Na quarta-feira, outro agente de segurança penitenciária, Nilton Celestino, foi assassinado por criminosos quando saía de sua casa. Ele trabalhava no CDP de Itapecerica da Serra. A polícia investiga se as ações foram efetuadas por membros do PCC, que estaria agindo em represália pela morte de 13 integrantes do bando.

Nove suspeitos de planejar ataques a agentes de segurança das penitenciárias de Presidente Bernardes e Presidente Venceslau foram detidos neste sábado. A ordem para a ação teria partido da liderança da Facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Com os suspeitos, também foram apreendidos três veículos e um arsenal de armamento pesado.
Tumulto e blitz em Presidente Bernardes

Por volta do meio-dia de sábado, detentos começaram a gritar e quebrar vidraças do CRP de Presidente Bernardes (que abriga membros do PCC) e, no domingo, voltaram a promover tumulto – logo controlado pelos agentes de segurança.

Por conta do incidente, a Secretaria de A