África do Sul é candidata a sediar Copa de 2010

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Publicado terça-feira, 4 de maio de 2004 as 09:49, por: CdB

A África do Sul aparece na dianteira em um relatório técnico da Fifa sobre as candidaturas a sede da Copa do Mundo de 2010 que vazou à imprensa sul-africana nesta terça-feira. O Marrocos, principal adversário dos sul-africanos, está em terceiro.

A Fifa vai publicar o relatório em seu site, mas  pelo menos três jornais sul-africanos disseram já ter detalhes dele. A votação que definirá qual país vai sediar a primeira Copa do Mundo na África será no dia 15 de maio.

A equipe técnica da Fifa, composta por cinco homens, visitou Egito, Líbia, Marrocos, Tunísia e África do Sul para avaliar a habilidade técnica de cada país para receber o evento.
“O relatório classifica como excelente a capacidade da África do Sul em receber a Copa do Mundo de acordo com o que a equipe de inspeção da Fifa viu, seguido do Egito com ‘muito bom’, Marrocos com ‘bom’ e Líbia e Tunísia sem chances”, noticiou o jornal Sowetan também nesta terça-feira.

Já era considerado que Tunísia e Líbia estariam fora da disputa depois de terem decidido continuar com os planos de organizar o evento conjuntamente apesar da declaração do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de que candidaturas conjuntas não seriam aceitas. Blatter disse que sedes conjuntas elevam os custos sem aumentar a renda.

O fato de o Marrocos estar atrás do Egito parece fazer da África do Sul a grande favorita a sediar o torneio. Para o Daily Sun, o vazamento das informações é “uma medida política para deixar o Marrocos em segundo plano” antes da votação da Fifa. Os organizadores da candidatura da África do Sul não puderam ser encontrados para comentar.

O relatório técnico também vazou antes da votação para a Copa do Mundo de 2006, quando a África do Sul – empatada com a Alemanha no relatório – perdeu por um voto depois que o representante da Oceania, Jack Dempsey, desafiou as ordens de votar na África do Sul e se absteve.

A Inglaterra, que ficou em terceiro lugar, acusou a Fifa de conspirar contra ela ao deixar vazar o documento quatro dias antes da votação.