Advogado é preso com armamento exclusivo do Exército em BH

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado sábado, 8 de maio de 2004 as 21:21, por: CdB

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) prendeu na noite da última sexta-feira, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, um advogado apontado por uma quadrilha de vender armas. A polícia encontrou na casa do suspeito muita munição de diversos calibres, mais de 40 armas de fogo, algumas de uso exclusivo do Exército Brasileiro e animais silvestres.

De acordo com a PM, a Polícia Ambiental foi chamada porque no quintal na casa do advogado foram achados pavões, tucanos, avestruzes e onze javalis. Eles acharam melhor deixar os animais no cativeiro até segunda-feira, quando veterinários acompanharão a remoção para um local apropriado.

O dono afirmou ter um documento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Ibama) e que não estava encontrando.

O que chamou a atenção da polícia foram os vinte quilos de munição de vários calibres e as mais de 40 armas de fogo, entre elas fuzis, revólveres e pistolas. Oficiais do Exército acompanharam a operação para identificar uma granada e armamento de uso exclusivo das forças armadas.

Técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) vistoriaram uma coleção de peças sacras encontradas também na casa do advogado, mas verificaram que não imagens originais e então, não caracterizava crime.

O advogado foi liberado após ter sido ouvido. De acordo com a assessoria da corporação, não será divulgada a razão pela qual ele foi solto para não prejudicar as investigações. De acordo com o coordenador do Instituto Brasileiro de Ciência Criminais, Marcelo Leonardo, o flagrante pelo porte de armas de fogo e de uso exclusivo do Exército é crime inafiançável.

A pena para este crime é de até seis anos de prisão. Pelo cativeiro de animais silvestres ele pode ser multado por crime ambiental e receber uma pena de até um ano de reclusão.