Advogado de Cid confirma que seu cliente recebeu ordens do presidente

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Publicado sexta-feira, 18 de agosto de 2023 as 19:05, por: CdB

Ainda nesta tarde, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), depois de saber que seria apontado como o mandante da venda de joias, disse em tom ameaçador que a estratégia de seu ex-ajudante de ordens é “camicase”. A um programa da TV aberta, o ex-mandatário neofascista negou veementemente as acusações de recebimento de dinheiro de Mauro Cid e descartou qualquer responsabilidade na decisão de venda dos presentes de luxo recebidos dos governos árabes.

Por Redação – de São Paulo

O tenente-coronel Mauro Cid teme por sua vida e a de sua família, após a decisão de relatar de forma precisa os fatos em torno da subtração dos cofres públicos e venda do relógio Rolex avaliado em mais de R$ 300 mil, em solo norte-americano. Em entrevista na tarde desta sexta-feira a um canal de TV por assinatura, o advogado de Cid, Cezar Bitencourt, ratificou a informação passada à revista semanal de ultradireita Veja, na véspera.

Joias sauditas
Caixa de peças masculinas de alto valor foi negociada nos Estados Unidos

Ainda nesta tarde, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), depois de saber que seria apontado como o mandante da venda de joias, disse em tom ameaçador que a estratégia de seu ex-ajudante de ordens é “camicase”. A um programa da TV aberta, o ex-mandatário neofascista negou veementemente as acusações de recebimento de dinheiro de Mauro Cid e descartou qualquer responsabilidade na decisão de venda dos presentes de luxo recebidos dos governos árabes.

Hierarquia

A Veja publicou que Mauro Cid tinha decidido confessar que havia vendido joias nos Estados Unidos a pedido de Bolsonaro. A reportagem informou ainda que o ex-ajudante de ordens da Presidência iria afirmar que os fundos arrecadados foram direcionados a Bolsonaro, configurando crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a reportagem, Bitencourt, além de reiterar o novo enfoque da defesa a outros veículos de imprensa, também explicou a mudança: “a questão é que isso pode ser caracterizado também como contrabando. Tem a internalização do dinheiro e crime contra o sistema financeiro”. Ele prosseguiu, afirmando: “mas o dinheiro era do Bolsonaro”.

A defesa de Cid passou a ser liderada por Bitencourt na última terça-feira. No dia seguinte, o advogado sinalizou que a estratégia seria mostrar que o tenente-coronel estava seguindo ordens, mesmo que “ilegais e injustas”. Bitencourt ressaltou, ainda, a importância da obediência hierárquica para militares, argumentando que obedecer a um superior é fundamental para um integrante das Forças Armadas.

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