Paquistão bloqueia acesso à Wikipédia, alegando ‘conteúdo blasfemo’

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Publicado domingo, 5 de fevereiro de 2023 as 11:04, por: CdB

Autoridades do país alegam “conteúdo blasfemo” e afirmam que site ficará fora do ar até que o material seja removido. A blasfêmia é uma questão sensível no Paquistão, de maioria muçulmana. De 2012 a 2016, o país bloqueou o YouTube após a publicação de um filme sobre o profeta Maomé.

Por Redação, com DW – de Cabul

Paquistão bloqueou no sábado o acesso à Wikipédia, alegando “conteúdo blasfemo”. No início da semana, a Autoridade de Telecomunicações do Paquistão (PTA, na sigla em inglês) deu à enciclopédia online livre 48 horas para que ela bloqueasse ou removesse conteúdos, do contrário, o acesso ao site seria cortado no país.

A blasfêmia é uma questão sensível no Paquistão

“Uma oportunidade de audiência também foi oferecida, no entanto, a plataforma não removeu o conteúdo blasfemo nem compareceu perante a autoridade”, disse um porta-voz da PTA.

Segundo ele, a Wikipédia permanecerá bloqueada no Paquistão até que remova “todo o material censurado”, sem especificar qual seria.

Ataque à liberdade de expressão

Wikimedia Foundation, fundo sem fins lucrativos que administra a Wikipédia, disse que o bloqueio “nega à quinta nação mais populosa do mundo o acesso ao maior repositório de conhecimento livre”.

“Se continuar, também privará todos de acesso ao conhecimento, à história e à cultura do Paquistão”, diz em um comunicado.

Após a decisão, ativistas da liberdade de expressão destacaram um padrão crescente de censura do governo paquistanês às mídias impressa e eletrônica.

Outros casos

A blasfêmia é uma questão sensível no Paquistão, de maioria muçulmana. De 2012 a 2016, o país bloqueou o YouTube após a publicação de um filme sobre o profeta Maomé.

Nos últimos anos, o Paquistão também bloqueou várias vezes o popular aplicativo de compartilhamento de vídeos TikTok, alegando conteúdo “indecente” e “imoral”.

Da mesma forma, a PTA proibiu aplicativos de namoro populares, incluindo o Tinder, por conteúdo considerado imoral e indecente, e o aplicativo de streaming Bigo por conteúdo imoral, obsceno e vulgar.

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