Inflação sob Bolsonaro fecha 2022 acima do teto previsto pelo BC

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Publicado terça-feira, 10 de janeiro de 2023 as 19:09, por: CdB

Embora o aumento dos preços dê sinais de desaceleração — em novembro o IPCA subiu 0,41% e em 12 meses tinha alta de 5,9% — o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia o seu terceiro mandato com preocupações sobre a inflação.

Por Redação, com Reuters – do Rio de Janeiro

A inflação ao consumidor do Brasil fechou 2022 com alta acumulada de 5,79% e superou o teto da meta pelo segundo ano seguido, com um resultado acima do esperado, pressionada principalmente por alimentação.

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10)
A desvalorização do real tende a prosseguir, nos próximos meses

O resultado do IPCA nos 12 meses até dezembro de 2022 ficou bem abaixo da taxa de 10,06% vista em 2021, mas superou a expectativa em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters de avanço de 5,60% e o teto do objetivo do governo, que é de 3,5% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,62%, também além do esperado, de acordo com os dados do IBGE divulgados nesta terça-feira. As expectativas de analistas em pesquisa da Reuters eram de alta de 0,45% no mês, acumulando em 12 meses 5,60%.

Desaceleração

Com isso, o Banco Central terá que divulgar uma carta explicando os motivos de o objetivo não ter sido cumprido ao novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O documento será publicado às 18h30, segundo o BC, e será a sétima carta desde a criação do sistema de metas para a inflação, em 1999.

Embora o aumento dos preços dê sinais de desaceleração — em novembro o IPCA subiu 0,41% e em 12 meses tinha alta de 5,9% — o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia o seu terceiro mandato com preocupações sobre a inflação.

Em 2022 o maior peso no bolso dos consumidores partiu da alta acumulada de 11,64% do grupo Alimentação e bebidas, influenciada principalmente pelo avanço de 13,23% na alimentação em domicílio — somente a cebola teve alta de 130,14%, a mais elevada entre os 377 subitens que compõem o IPCA.

— Isso (alta de alimentos) tem a ver com questões climáticas, custos de produção, oferta de produção e efeito da guerra entre Rússia e Ucrânia — resumiu o coordenador do IBGE André Felipe Guedes.

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