FIA confirma quebra ‘mínima’ do teto de gastos da Red Bull 

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Publicado segunda-feira, 10 de outubro de 2022 as 13:47, por: CdB

O órgão confirmou que, por ser o primeiro ano da aplicação do regulamento orçamentário, a FIA se limitou em apenas em revisar as documentações enviadas e não realizou uma investigação formal sobre.

Por Redação, com Grande Prêmio – de Londres

A FIA confirmou, nesta segunda-feira, que finalizou a revisão dos documentos sobre o teto de gastos da Fórmula 1 na temporada 2021. O órgão confirmou que a Aston Martin quebrou os procedimentos das regras financeiras, enquanto a Red Bull, campeã de pilotos na temporada passada com Max Verstappen e também do campeonato de 2022, quebrou regras de procedimentos e gastos menores acima do limite orçamentário.

FIA confirma quebra “mínima” do teto de gastos da Red Bull na F1 2021

O órgão confirmou que, por ser o primeiro ano da aplicação do regulamento orçamentário, a FIA se limitou em apenas em revisar as documentações enviadas e não realizou uma investigação formal sobre. A administração orçamentária ainda estuda a punição que será dada para as duas equipes, e que mais informações sobre serão divulgadas de acordo com as regas.

“A revisão dos documentos enviados foi um processo intenso e todos os competidores deram seu apoio completo para prover as informações necessárias para avaliar suas situações financeiras durante este primeiro ano de regulamento financeiro. A Administração do Teto de Gastos da FIA nota que todos os competidores sempre agiram em espírito de boa fé e cooperação durante o processo”, afirmou a Federação em nota.

Segundo informação do jornal holandês De Telegraaf, a violação financeira da Red Bull não teria envolvimento com o desenvolvimento do carro, e o erro teria acontecido em questões de alimentação e ausências por doenças na fábrica da Red Bull. Alguns funcionários da equipe não são cobertos pelo teto orçamentário, enquanto outros sim.

A Aston Martin não gastou mais que o teto. Entende-se que houve um descumprimento processual relacionado a uma série de protocolos administrativos de contabilidade, resultado de variações na interpretação regulatória. Outra informação divulgada pela FIA é que a Williams teve uma quebra de procedimento prévia, mas entrou em acordo com a Administração do Teto de Gastos em maio de 2022.

Polêmica

A polêmica tomou conta do fim de semana do GP de Singapura, vencido pelos taurinos com Sergio Pérez, quando a revista alemã Auto Motor und Sport revelou que a FIA investigava a possibilidade de Red Bull e Aston Martin terem ultrapassado o limite de US$ 145 milhões (R$ 782 milhões, na cotação atual) durante a temporada 2021, que marcou o título de Max Verstappen. A partir daí, Ferrari e Mercedes teceram comentários a respeito de duas equipes que teriam desrespeitado o acordo do teto orçamentário do ano passado, a outra seria a Aston Martin.

Chefe da Red Bull, Christian Horner ficou furioso com as contestações e as classificou como “comentários absurdamente difamatórios”, ameaçando até mesmo um processo contra os rivais para provar a inocência de sua equipe. O britânico reafirmou que os taurinos teriam respeitado as regras e questionou de onde estaria saindo o vazamento desta informação.

– Certamente não tenho ciência de nenhuma violação. O conselho enviou tudo em março, então tem sigo um longo processo com a FIA, e estamos nele enquanto falamos. Eles estão seguindo corretamente este processo, e acho que no meio da próxima semana é quando eles declaram os certificados. Como disse antes, é um processo em andamento. Existem pontos no orçamento que não pertencem a ele, como mencionei antes, de pessoas que são listadas e trabalham em outras companhias. A FIA diz que não sabe [como se tornou público], mas é estranho que pontos de um processo em andamento, que ainda não foram esclarecidos, viraram públicos. É um dano à reputação – adicionou Horner.

Consultor-esportivo dos austríacos, Helmut Marko também se pronunciou e disse que a Mercedes “ainda não superou 2021”, se referindo claramente à perda do título mundial de Pilotos na última corrida do ano, em Abu Dhabi.

Teto orçamentário

O teto orçamentário foi introduzido na F1 no ano passado e, de início, fixado em US$ 145 milhões (R$ 782 milhões, na cotação atual). Para 2022, a instituição optou por reduzi-lo em US$ 5 milhões (R$ 26 milhões), mas permitiu um acréscimo de 3,1% com o campeonato em andamento por correção inflacionária. Mesmo assim, as equipes do grid, sobretudo as ponteiras (Red Bull, Mercedes e Ferrari), já fizeram várias reclamações públicas sobre como o limite de gastos compromete o trabalho de desenvolvimento do carro.

Após Verstappen assegurar o título mundial com a vitória no GP do Japão, a Fórmula 1 retoma suas atividades em duas semanas. A próxima parada da categoria será a segunda corrida da temporada nos Estados Unidos, agora em Austin, entre os dias 21 e 23 de outubro.

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