O mercado operava com um pouco mais de tranquilidade nesta terça-feira e o dólar recuava depois de quatro sessões consecutivas de alta. Às 11h25, a divisa norte-americana era vendida a R$ 2,253, com declínio de 0,31%. Nos últimos quatro dias, um movimento de zeragem de posições levou o dólar a subir quase 4%.
– Acho que deu uma acalmada depois de toda essa alta. E também, no último leilão, o BC não vendeu todo o swap, tem o mercado lá fora sossegado, um pouco de entrada… isso que está fazendo o dólar voltar um pouco – comentou o operador de derivativos do Rabobank Flávio Ogoshi.
No leilão de swap cambial reverso da véspera, o BC vendeu 7.600 contratos da oferta máxima de 12.500, em uma operação equivalente a US$ 365,3 milhões – o menor volume financeiro desde a retomada dessa operação em novembro. Nesta terça-feira, o BC volta a oferecer 12.500 contratos, em que o mercado ganha quando a variação do juro supera a do câmbio. A operação equivale a uma compra futura de dólares. Para o operador de câmbio da corretora Didier Levy Júlio César Vogeler, mesmo com volume menor, as atuações do BC limitam o recuo do dólar.
– Vão ter novas intervenções do Banco Central, o mercado acabou se acostumando com o BC segurando o dólar. Mas ainda tem dinheiro para entrar, ingressos de captações externas, exportações fortes… não vai voltar a cair como antes, mas a trajetória até o fim do ano é o dólar ainda voltar um pouco – acredita.
O operador lembrou que o foco do mercado nesta semana está na decisão sobre o juros norte-americano e o brasileiro. Nesta terça-feira, o Federal Reserve divulga sua decisão sobre a taxa dos Estados Unidos, enquanto a definição da taxa básica brasileira será divulgada na quarta-feira.
– Em dia de Copom o pessoal fica mais quieto – ponderou Vogeler.