Centro para portadores de anomalias completa 1 ano e meio

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Publicado sexta-feira, 14 de outubro de 2005 as 12:16, por: CdB

Em um ano e meio de funcionamento, o Centro de Tratamento de Anomalias Craniofaciais (Reviva), programa da rede estadual de saúde que atende gratuitamente, pacientes portadores de lábio leporino, fissuras palatinas e demais anomalias faciais, já realizou 130 cirurgias, fez mais de 11 mil atendimentos e, no momento, tem 400 pacientes em tratamento.

As anomalias mais comuns tratadas no Reviva são lábios leporinos, fenda do palato e problemas ósseos, que causam a deformação do rosto do paciente.

O centro é a primeira referência estadual em cirurgias craniofaciais na rede pública, oferecendo assistência a adultos e crianças de todos os municípios.

O cirurgião plástico Rawlson de Thuin, diretor do centro, lembra que, de acordo com dados do Ministério da Saúde, existem cerca de 20 mil pessoas com algum problema congênito na face.

– É preciso ressaltar que estas anomalias têm cura e não estão ligadas a qualquer problema mental, como algumas pessoas pensam. O portador pode ter uma melhora considerável se a doença for tratada desde cedo – explicou.

Para garantir a eficácia do tratamento, o Reviva conta com uma equipe composta por 70 profissionais, incluindo clínicos, cirurgiões buco-maxilo-faciais, assistentes sociais, fisioterapeutas, anestesistas, fonoaudiólogos, enfermeiros e nutricionistas, entre outros profissionais.

Muitos pacientes têm dificuldades na fala e, de acordo com o nível de má-formação, é necessário o trabalho de toda uma equipe de apoio para que o tratamento tenha sucesso.

Em muitos casos são necessárias várias cirurgias até que se consiga o resultado ideal, aliado ao trabalho de um fonoaudiólogo.

Uma grande parte também tem a oclusão dentária com formação errônea e necessita de tratamento odontológico.

– Todo esse processo precisa ser feito com muito cuidado e profissionalismo, até que a primeira cirurgia seja realizada. Depois dela, o trabalho não pára, pois o sucesso da cura depende da continuidade do tratamento e do acompanhamento desses profissionais -complementou o médico.

Thuin explicou que, além do atendimento médico, há uma série de orientações às famílias, como, por exemplo, a posição correta para a amamentação de uma criança com lábio leporino para evitar que ela engasgue.

O atendimento psicológico também é uma parte importante do tratamento, segundo ele, já que as deformidades, principalmente as de face, podem trazer transtornos psicossociais aos portadores, gerando frustração, insegurança e rejeição social, até mesmo entre os parentes.

Ao procurar o Reviva, o paciente já começa a receber o tratamento, de acordo com as especialidades, até estar pronto para a cirurgia.

O endereço do Reviva é Avenida Padre Leonel Franca 248, Gávea, Zona Sul do Rio. As consultas podem ser marcadas pelos telefones 2299-5903 e 2299-5904.