A Frente Parlamentar Brasil sem Armas lançou, nesta segunda-feira, na capital pernambucana, o comitê pela proibição do comércio de armas de fogo e munição no Brasil.
No referendo, previsto para 23 de outubro, a população vai decidir se é a favor ou contra a proibição.
O lançamento, na Universidade Salgado Filho, contou com a presença do presidente e do secretário executivo da Frente Brasil Sem Armas, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE).
Participaram também o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, o procurador Francisco Sales, além de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil e organizações da sociedade civil.
De acordo Raul Jungmann, a frente pretende promover debates em escolas, universidades e locais de trabalho em todo país sobre a violência e os homicídios por arma de fogo, lembrando que os jovens são as principais vítimas.
Para ele, assim como no combate à dengue, que a sociedade precisa evitar que o mosquito transmissor da doença se propague, a população tem um papel a cumprir no sentido de coibir a violência.
– Estamos sendo dominados pelo medo. Por isso, precisamos dar um grande passo cívico, para mostrar que uma sociedade civilizada não precisa de armas – observou.
O parlamentar advertiu que quem reage a um assalto com arma fogo tem mais chance de morrer do que de defender a própria vida.
– As pessoas que guardam armas em casa tem quatro vezes mais chances de conviver com homicídio, suicídio, ou ferimento a bala, do que quem não tem – explicou ele.
Desde o lançamento, em agosto do ano passado, a campanha nacional do desarmamento já tirou de circulação mais de 380 mil armas de fogo no país.