Príncipe Harry não trapaceou em exames escolares, diz comissão

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Publicado segunda-feira, 4 de julho de 2005 as 15:10, por: CdB

Alegações de que o príncipe Harry teria trapaceado em seus exames escolares para conseguir uma vaga na renomada academia militar britânica de Sandhurst foram rejeitadas na segunda-feira por uma comissão investigadora.

Sarah Forsyth, que foi professora de artes de Harry no colégio particular Eton, gravou em segredo uma conversa que teve com o filho mais jovem do herdeiro ao trono britânico, príncipe Charles. Ela utilizou a gravação para fundamentar a acusação de que teria sido injustamente demitida do colégio, fundado há 565 anos.

A fita deveria provar que Harry usara um trabalho da professora, e não dele, para conseguir ser aprovado em seus exames. Mas a comissão investigadora considerou as alegações infundadas e disse que a gravação não prova nada.

“Gravar o que diz um aluno sem o consentimento dele constitui claro abuso da confiança implícita na relação entre aluno e professor. Em termos do que aconteceu de fato… a comissão investigadora não se considera convencida de que os fatos se deram exatamente como ela (Forsyth) descreveu,” acrescentou a comissão na sentença de julgamento.
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O colégio se declarou satisfeito por a comissão “haver, corretamente, percebido a falsidade das alegações de Forsyth, feitas visando a autopromoção.”

Na audiência, a professora disse que foi obrigada por um superior no colégio a contribuir para um material escrito que Harry apresentou como sendo de sua autoria para um exame de arte, acompanhando suas pinturas. Harry negou ter trapaceado, e uma investigação anterior não havia encontrado qualquer evidência de desonestidade.

Uma porta-voz do gabinete do príncipe Charles disse que este está satisfeito por Harry ter sido totalmente inocentado da acusação de fraude. O príncipe Harry, de 20 anos, obteve nota B em Artes e D em Geografia e ingressou na academia de Sandhurst.

Mas a comissão investigadora considerou que a professora foi injustamente demitida de Eton, já que o colégio não teria seguido os procedimentos trabalhistas corretos. A comissão também criticou o chefe do departamento em que Forsyth trabalhou, por ter destratado a professora e prejudicado sua autoridade. Mas considerou sem fundamento a acusação feita pela professora de que teria sofrido discriminação sexual.