Deputada defende criação de CPMI para apurar grupos de extermínio

A presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Iriny Lopes (PT/ES), defendeu hoje a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar a atuação de grupos de extermínio que atuam em todo o país. “Temos um número de execuções sumárias e de chacinas que violentam o país e que mancham o nome do Brasil externamente”, disse a deputada.

Representantes da comissão estiveram nesta terça-feira no Rio de Janeiro e em Vitória (ES) para acompanhar as investigações de crimes cometidos por grupos de extermínio. A criação da CPMI é uma proposta que consta no relatório final de outra CPI, que investigou os do Nordeste entre 2003 e 2004. Mas, como o documento ainda não foi levado ao plenário da Câmara para votação, a sugestão de instalação da Comissão Mista não pôde ser formalizada. “Até hoje não conseguimos aprovar o relatório”, lamentou o relator da CPI, Luiz Couto (PT/PB).

Segundo a deputada Iriny Lopes, a chacina ocorrida na Baixada Fluminense na última semana, com 30 mortes, deve funcionar como um argumento para a criação da CPMI dos grupos de extermínio brasileiros. “É provável que a gente consiga força, dentro do Congresso Nacional, para a constituição dessa CPMI. Pelo menos as vidas dessas pessoas não terão sido em vão. Elas terão ajudado para elucidar a morte de outras pessoas nos demais estados do país”, afirmou a parlamentar.