Alimentos transgênicos podem ser usados para melhorar nutrição humana

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Publicado quinta-feira, 17 de março de 2005 as 09:05, por: CdB

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) apresenta, nesta quinta-feira, o Programa de Biofortificação de Produtos Agrícolas para Melhor Nutrição Humana (HarvestPlus), durante seminário, em Brasília.

O encontro discutirá a necessidade de melhorar a nutrição humana, ao apresentar o contexto da deficiência em micronutrientes no Brasil, as intervenções atualmente em curso e o papel que a biofortificação poderá ocupar. O HarvestPlus pretende atuar no país por meio das culturas prioritárias: feijão, mandioca e milho.De acordo com o programa, esse objetivo poderá ser atingido aumentando-se os nutrientes nos alimentos por meio de técnicas transgênicas.

A pesquisadora Marília Nutti, da Embrapa Agroindústria de Alimentos do Rio de Janeiro, fará a apresentação do programa que envolve países da África, Ásia e América Latina, entre eles o Brasil.
– Nosso país tem uma parcela da população com deficiência em micronutrientes como vitamina A, ferro e zinco. Portanto, possuem carência nutricional, e o projeto trata de incorporar na alimentação esses micronutrientes – afirma o presidente da Embrapa, Sílvio Crestana, em entrevista à Rádio Nacional AM.

O objetivo é melhorar geneticamente os alimentos para que as populações mais pobres possam usufruir os nutrientes sem muito custo. As sementes, depois de desenvolvidas pela Embrapa, serão disponibilizadas aos agricultores:
– As vantagens serão agregar valor ao produto, criar um diferencial de preços e de custo. A mercadoria será mais competitiva, sendo diferenciada – diz Crestana.


O HarvestPlus conta com a participação de instituições de pesquisa internacionais e de diversos países que, ao longo de 10 anos, irão identificar variedades que tenham as maiores concentrações de micronutrientes para posterior cruzamento com variedades que possam ser cultivadas comercialmente. Sua coordenação no Brasil e América Latina é de responsabilidade da pesquisadora Marília Regini Nutti, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro – RJ).