Saúde garante que não faltarão remédios para portadores de HIV/Aids

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Publicado quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005 as 20:22, por: CdB

O tratamento dos 180 mil portadores do HIV/Aids no Brasil, neste ano, não será interrompido por falta de medicamento. O abastecimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi prejudicado, mas já está sendo regularizado, segundo o Ministério da Saúde. “Tivemos um problema, mas não haverá quebra no tratamento”, afirma o coordenador de recursos logísticos do ministério, Luiz Roberto Klassmann.

Nesta quinta-feira chegou ao país um carregamento de mais de 1 milhão de cápsulas de anti-retrovirais, vindo dos Estados Unidos, e ainda está prevista a entrega de 799.200 cápsulas de Zidovudina (AZT) de 100 miligramas, vindas da Argentina.

Segundo Klassmann, o problema no abastecimento não ocorreu por falta de planejamento do ministério. “O controle de qualidade de alguns laboratórios recusou a matéria-prima”, explica, acrescentando que essa matéria-prima é importada de países como Índia, Koréia, Leste Europeu e Estados Unidos.

O coordenador garante, no entanto, que o abastecimento de medicamento para portadores do HIV/Aids está sendo normalizado e seguirá a programação de 2005. “Vamos fazer pregões para a compra direta e atenderemos 180 mil pessoas, 30 mil a mais que no ano passado”, afirma.

Também houve problemas com a distribuição dos medicamentos para pacientes de tuberculose. Mas o Ministério da Saúde descarta a possibilidade de colapso na rede de abastecimento do SUS. “Tanto para 2005 quanto para 2006, devemos atender 105 mil pacientes”, garante Klassmann. Ele acrescenta que “o laboratório oficial do Estado de Goiás já entregou 1 milhão de cápsulas e já está processando mais 15 milhões”.

O Ministério da Saúde informa que tem em estoque medicamento suficiente para atender os portadores de tuberculose nos próximos seis meses.