Tropas israelenses mataram cinco palestinos na quinta-feira, quando tanques entraram ao sul da Faixa de Gaza. Israel chegou mais perto de abandonar o território ocupado já que o primeiro-ministro Ariel Sharon e o Partido do Trabalho, de oposição, chegaram a um acordo que parece acabar com um obstáculo final para um governo unificado com condições de remover tropas e assentados.
A violência mostrou poucos sinais de estar diminuindo em Gaza apesar do plano de retirada, novas esperanças de negociações com Israel após a morte de Yasser Arafat no mês passado e a eleição presidencial palestina que deve levar o moderado Mahmoud Abbas ao poder.
Um avião israelense atirou mísseis na cidade de Khan Younis, matando dois membros do grupo militante Hamas e outro das Brigadas de Mártires al-Aqsa. Médicos e testemunhas disseram que o ataque israelense matou duas pessoas de 17 anos que assistiam.
O exército disse que atirou em um homem que acreditavam estar plantando explosivos. Nove palestinos ficaram feridos, e uma mulher israelense foi atingida por um morteiro em um assentamento. Ataques com morteiros intensificaram com o plano israelense de remover os 8 mil assentados que vivem entre 1,3 milhão de palestinos na Faixa de Gaza no próximo ano.
Abrindo caminho para uma coalizão para deixar Gaza, o líder da oposição Shimon Peres concordou em se tornar “o vice do primeiro-ministro”. Seu desejo anterior de tornar-se vice-primeiro-ministro era impossível de acordo com a constituição de Israel a menos que Sharon demitisse seu atual número dois, Ehud Olmert.