Bradesco tem lucro de R$ 725 milhões no 3º trimestre

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Publicado quinta-feira, 28 de outubro de 2004 as 11:12, por: CdB

 O Bradesco lucrou R$ 752,3 milhões entre julho e setembro deste ano, 33% mais do que os R$ 564 milhões ganhos no terceiro trimestre do ano passado, informou a instituição em um relatório nesta quinta-feira.

Para a analista do setor financeiro da Banif Securities, Catarina Pedrosa, o impulso extra veio de reversões de Imposto de Renda pago este ano.

– Veio acima (do esperado)…foi por causa do imposto – disse a analista logo após a divulgação do resultado.

O Bradesco informou que foram ativados créditos tributários no valor de R$ 93 milhões no terceiro trimestre, “que compensaram as amortizações extraordinárias de ágios de R$ 102 milhões e R$ 135 milhões ocorridas no respectivo período”, destacou o banco em um comunicado.

Com o resultado, o lucro do maior banco privado brasileiro alcança R$ 2 bilhões no ano. Um número 25,8% maior que o ganho registrado nos primeiros nove meses de 2003, de R$ 1,591 bilhão. Em 2004, o Bradesco apresenta uma rentabilidade de 20% sobre o patrimônio líquido.

O lucro do terceiro trimestre é mais de 10% superior à média das estimativas feitas por seis analistas e calculada pela Thomson Financial Brasil, que apontava para um resultado líquido de R$ 678 milhões.

Crédito em alta

A carteira de crédito teve uma expansão de 2,7%, na comparação com o final do primeiro semestre, e alcançou os R$ 60 bilhões. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o crescimento da carteira foi de 13,6%, conforme o comunicado enviado pelo banco nesta quinta-feira.

Alguns analistas previam uma expansão da carteira de crédito dos bancos no período, ao redor de 5%. Segundo o Bradesco, a desvalorização de 8,4% do dólar afetou o desempenho da fatia indexada à moeda, que representa 12,5% de sua carteira, excluídas as Antecipações de Contratos de Câmbio (ACC), que representam 9,4% da carteira.

O banco destacou a evolução da demanda no segmento de pessoa física, cuja carteira de crédito se expandiu em 4,8%, em relação ao fim de junho. Mas o crescimento foi insuficiente para compensar o resultado e a receita com operações de crédito e arrendamento mercantil despencou 18% em relação ao mesmo período do ano passado.