A altitude de Quito determinou a convocação de jogadores mais fortes fisicamente para a partida da seleção brasileira contra o Equador, disse o técnico Carlos Alberto Parreira.
O Brasil joga no dia 17 de novembro, em seu último jogo no ano pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2006.
Os retornos de Júlio Baptista, Gilberto, Dudu Cearense e Kleberson e a ausência de Alex foram as principais novidades da lista de Parreira, anunciada na quarta-feira.
“É claro que a altitude é mais difícil que o Equador”, disse o treinador em entrevista coletiva na sede da CBF, no Rio de Janeiro.
Ele deixou claro que a convocação de Júlio Baptista no lugar de Alex levou em consideração a altitude de quase 2.700 metros da capital equatoriana. “Resolvemos até optar pelo Júlio Baptista pela força, pelo físico dele, para enfrentar a altitude”.
Parreira disse ainda que jogadores como Gilberto, Dudu e Kleberson têm, além de qualidade, um bom preparo físico.
Uma das provas de que Parreira está preocupado com a altitude de Quito foi a insistência na divulgação das estatísticas de Equador e Bolívia jogando acima do nível do mar.
O técnico destacou que os 13 pontos do Equador foram conquistados na altitude, o mesmo acontecendo com a Bolívia, que soma 10 pontos. O Brasil lidera as eliminatórias com 20 pontos, um a mais que a Argentina.
“Não há dúvida que a altitude influencia. Fora de casa estas seleções não conseguiram nenhum ponto”, afirmou.
A estratégia da comissão técnica é chegar a Quito no dia do jogo. O Brasil se apresenta no dia 15 de novembro e embarca direto para Guayaquil, onde provavelmente treinará na véspera da partida.
A seleção brasileira almoça em Quito no dia do jogo e em seguida segue para o local da partida.
O objetivo de Parreira é terminar o ano de 2004 na liderança das eliminatórias e invicto.
– Vai ser um jogo complicado em função de altitude, mas o Brasil tem que ir de cabeça erguida, jogar o seu futebol porque nós queremos terminar o ano como começamos: líder das eliminatórias e invicto – ele.
A perseguição da Argentina não tem sido usada para pressionar os jogadores brasileiros. Pelo contrário.
– Não temos competição com a Argentina. Se nós e eles vencermos todos os jogos, estaríamos classificados faltando três ou quatro rodadas para o fim das eliminatórias. A nossa situação ficaria muito mais fácil – completou Parreira.