Em meio aos preparativos para o Grande Prêmio do Brasil, Antonio Pizzonia garante que é o primeiro na lista da Williams para ser contratado como piloto oficial e tenta controlar a ansiedade e o nervosismo.
A Williams mudará seu quadro de pilotos para 2005, com o alemão Ralf Schumacher indo para a Toyota e o colombiano Juan Pablo Montoya optando por um lugar na McLaren.
A equipe assinou com o australiano Mark Webber, da Jaguar, mas suas esperanças de contratar Button acabaram na quarta-feira, quando a BAR ganhou o direito de ficar com o britânico por mais um ano depois de determinação do Conselho de Reconhecimento de Contratos da Fórmula 1, o que aumentou a chance de Pizzonia de disputar o campeonato.
– Estou ansioso, mas agora é esperar. Não posso fazer nada, a decisão é única e somente da equipe. Mas existe uma lista pequena e estou no topo dessa lista, isso quem falou foi o próprio Frank Williams (chefe da equipe) – garantiu Pizzonia na quinta-feira no autódromo de Interlagos.
O brasileiro, piloto de testes da equipe, substituiu Ralf Schumacher em quatro provas nesta temporada e está confiante que assumirá o cargo mesmo com outros pilotos correndo atrás da vaga, como David Coulthard, que afirmou ser o candidato mais forte.
– O fato de ter passado dois anos testando pela Williams dá segurança, e conhecer bem a equipe ajuda bastante, não é preciso entrosar com todo mundo. Eles já sabem o que eu posso fazer dentro e fora da equipe – disse ele.
Pizzonia foi piloto de testes da Williams em 2002 e no ano seguinte estreou no campeonato na Jaguar. Sua passagem pela equipe, entretanto, foi conturbada, e ele foi dispensado depois de 11 provas, em que não conseguiu marcar pontos.
– No princípio fiquei supermagoado porque aquilo poderia ter facilmente destruído a minha carreira. Tive medo de que eu fosse prejudicado porque até a Williams ficou com dúvidas sobre a minha temporada, a porta que eu tinha deixado aberta estava se fechando por outros motivos – lembrou ele, explicando que depois desse episódio teve que reconquistar a confiança, tanto sua quanto da Williams.
Frank Williams, que adiantou que vai anunciar o novo piloto em breve, já demonstrou admiração pelo potencial do brasileiro. Mas Pizzonia acha que só vai saber qual será o seu futuro dentro de uma semana ou até 10 dias.
– A Williams tem uma mentalidade diferente, mais correta. Lido com tudo isso com paciência, o que eu tinha que fazer fiz na pista. Um passo já foi dado, agora falta o outro – disse ele.
Ser anunciado como piloto da Williams não é a única expectativa que Pizzonia vive atualmente. Ele aguarda para daqui dois meses o nascimento de sua filha com a atleta Maurren Higa Maggi.
– Vai ser uma menina, mas ainda não decidimos o nome – disse Pizzonia, explicando que o casal ainda não decidiu se a criança vai nascer no Brasil ou em Mônaco, onde ele mora.
Segundo Pizzonia, a gravidez foi a melhor coisa que podia ter acontecido para Maurren, que em 2003 foi suspensa por uso de doping.
– A filha foi a melhor coisa que poderia ter acontecido para ela, por causa dessa fase de Olimpíada. Ficar de fora seria muito difícil, mas com a gravidez ela tinha na cabeça que mesmo sem o doping não iria de qualquer maneira.
Maurren, cuja especialidade era o salto em distância, está em São Paulo e deve ir ao autódromo acompanhar a corrida no domingo.