As tropas espanholas deixaram totalmente Najaf e já se encontram na ‘Base Espanha’, em Diwaniya, informou o general José Manuel Muñoz Muñoz. ”Acaba de ser completada a retirada de Najaf. Não vou contar como foi, só que foram tomadas todas as medidas de segurança e não houve nenhum problema”, assegurou o general espanhol.
Mais de cem soldados, junto ao equipamento militar desdobrado na Base ‘Al-Analus’, foram levados e recolocados na base de Diwaniya antes de seu regresso à Espanha marcado para as próximas horas.
Enquanto as tropas espanholas saíam, os soldados dos EUA tomavam posições na base para evitar que caísse nas mãos das brigadas do clérigo radical Moqtada al Sadr. Já na segunda-feira, 200 polícias militares americanos tinham entrado na ‘Base Al-Andalus’, enquanto alguns comboios espanhóis seguiam a rota para Diwaniya.
A saída da cidade santa de Najaf é a primeira fase da retirada das tropas espanholas destacadas no Iraque ordenado pelo novo presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.
Os soldados espanhóis, que assumiram a segurança nesta cidade em 23 de setembro, compartilharam um amplo recinto militar na estrada que une Najaf à vizinha Kufa com mais de seiscentos soldados hondurenhos e salvadorenhos.
Durante seus mais de nove meses de presença na região, a missão dos uniformizados da Brigada Plus Ultra em Najaf foi, sobretudo, de cooperação cívico-militar.
As condições de segurança se deterioraram em 28 de março depois que o líder radical Moqtada al Sadr provocou uma insurreição nas zonas de maioria xiita com sua chamada à desobediência civil.
Nesse mesmo dia, os soldados espanhóis tiveram que repelir com fogo um ataque dos milicianos das ‘Brigadas de Al-Mahdi’, que atacaram a posição após exigir a libertação de um partidário de Moqtada que achavam que estava retido na ‘Base Al-Andalus’.
Os combates não causaram nenhuma vítima entre os soldados espanhóis, mas entre as tropas centro-americanos e americanas que também estavam no perímetro militar. Desde então, soldados americanos assediam Najaf com o objetivo de capturar Moqtada ‘vivo ou morto’ e desarmar suas milícias.
Às primeiras horas desta terça-feira, combates entre marines dos EUA e milicianos de Moqtada mataram mais de 40 membros das Brigadas de Al-Mahdi, segundo cadeias de televisão árabe.
