O Conselho de Segurança adiou a decisão sobre o futuro dos inspetores encarregados pelo desarmamento do Iraque, grupo que está em Nova York há meses a espera de um novo mandato. O presidente do Conselho de Segurança, o embaixador francês Jean Marc de la Sabliere, explicou que “ainda precisam ser feitas muitas consultas (entre os países) para poder se chegar a um consenso sobre o futuro dos inspetores”.
O embaixador francês assegurou que a renovação do mandato dos inspetores “está na agenda do Conselho de Segurança”, porque as resoluções correspondentes determinam. Os inspetores da Comissão de Inspeção, Verificação e Vigilância da ONU (UNMOVIC), que até meses atrás era dirigida por Hans Blix, saíram do Iraque dias antes do início da guerra, sem ter comprovado a existência de armas de destruição em massa nesse país.
Desde então, o grupo permanece em Nova York processando a informação recolhida no Iraque e elaborando os relatórios trimestrais correspondentes a seu trabalho, assim como estipula as resoluções do Conselho de Segurança. Em seu último relatório, que hoje foi analisado pelo Conselho de Segurança, a própria UNMOVIC faz um chamado a este órgão para que “se ocupe em breve do futuro trabalho” deste organismo.
Segundo explica, a demora nesta decisão está provocando a renúncia de muitos inspetores. Se “todos os especialistas capacitados e experiência renunciam, será difícil voltar a reuni-los em um prazo curto”.
No relatório, a UNMOVIC reitera que não encontrou armas proibidas no Iraque e denuncia a falta de cooperação dos Estados Unidos em seus esforços de verificar se esse país realmente possuía alguma arma desse tipo.