O ministro da Cultura e do Esporte da Grécia, Evangelos Venizelos, comprometeu-se nesta terça-feira a inaugurar os Jogos Olímpicos de Atenas, no próximo dia 13 de agosto, sob impecáveis medidas de segurança em um Estádio Olímpico cuja principal característica será o teto projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava.
Venizelos acabou assim com todas as dúvidas sobre os dois assuntos que mais preocupavam a organização e o Comitê Olímpico Internacional: a possibilidade de que os Jogos sejam cenário de um atentado e, no que diz respeito às instalações esportivas, que não desse tempo de colocar o teto de Calatrava, principal legado arquitetônico que os Jogos deixarão em Atenas.
– Comprometo-me a realizar a cerimônia de inauguração sob o teto de Santiago Calatrava e a oferecer Jogos com plenas garantias de segurança – afirmou Venizelos.
O ministro fez estas declarações durante a inauguração em um hotel de Atenas da XIV Assembléia Geral da Associação de Comitês Olímpicos Nacionais (Acno), que reúne os 202 países que participam dos Jogos.
Venizelos admitiu “os atrasos da primeira fase”, mas prometeu “um final correto e a tempo”.
– Com todo o respeito às outras cidades organizadoras, o estádio olímpico original está em Atenas – presumiu. – Estamos diante de uma oportunidade magnífica para conseguir a regeneração moral dos Jogos.
A assembléia da Acno foi oficialmente inaugurada pelo presidente da República, Konstantinos Stefanopoulos, que defendeu “os valores do olimpismo da antiga Grécia, alguns deles difíceis de aplicar agora, porque o prêmio da medalha foi substituído por outros benefícios”, disse.
O presidente do COI, o belga Jacques Rogge, mostrou-se mais uma vez convencido do sucesso dos Jogos.
– Queria agradecer em particular os esforços em matéria de segurança. O Governo fez todo o humanamente possível – afirmou.
O mexicano Mario Vázquez Raña, presidente da Acno, também se mostrou “100% seguro de que os Jogos de Atenas serão maravilhosos”. Em relação ao vigésimo quinto aniversário de sua associação, Vázquez Raña disse que seu sucesso está em que não há comitês nacionais melhores que outros, mas juntos trabalham “em benefício dos atletas”.