Exercícios podem diminuir risco de câncer de mama

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Publicado quarta-feira, 10 de setembro de 2003 as 22:43, por: CdB

O risco de uma mulher adulta ter câncer de mama diminui com a prática de exercícios físicos, aponta um estudo publicado nesta quarta-feira no Journal of the American Medical Association.

As mulheres que já entraram na menopausa podem ver reduzidas suas chances de ter câncer se começarem a caminhar por 30 minutos durante cinco dias na semana, indica o estudo, feito pelo Centro de Pesquisa sobre o Câncer Fred Hutchinson. “Nunca é tarde para começar a se exercitar”, disse Anne McTiernan, que dirigiu a pesquisa.

As mulheres que caminham com freqüência ou praticam qualquer tipo de exercício físico de pelo menos uma hora e quinze minutos até duas horas e meia por semana, têm 18% de chances a mais de evitar o câncer de mama do que mulheres que levam uma vida sedentária, aponta o estudo.

As mulheres que começaram a se exercitar aos 35 anos têm 14% menos chances de ter a doença, comparado com as mulheres de mesma idade que têm vida sedentária, acrescenta o texto.

O estudo foi baseado numa investigação minuciosa, da qual participaram 75 mil voluntárias com idade entre 50 e 79 anos, dentro do programa Iniciativa para a Saúde da Mulher (Women’s Health Initiative, WHI).

No início da pesquisa, todas as mulheres estavam saudáveis e a metade delas fazia Terapia de Reposição Hormonal. A todas foi perguntado se faziam exercício, de que tipo e com que freqüência. Ao fim de cinco anos, 1.780 das participantes foram diagnosticadas com câncer de mama. O estudo concluiu que a prática de exercícios é um dos principais fatores para o não-desenvolvimento da doença.

A pesquisa se aplica a mulheres de peso normal ou menos, já que os autores não observaram efeitos benéficos dos exercícios na prevenção da doença em mulheres obesas. “Não pudemos comprovar isto”, indica o estudo, apontando que isso não deve servir de desculpa para que as mulheres obesas deixem de lado as atividades físicas.

– Não é preciso exercitar-se muito e durante muito tempo para ver os resultados na própria saúde – destaca a cientista Joann Manson, co-autora do estudo.