Dez mil empregos

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Publicado terça-feira, 8 de julho de 2003 as 12:19, por: CdB

O convênio assinado entre o Governo do Piauí e a empresa Enguia beneficiará as famílias assentadas no Estado. O projeto, que prevê a produção e industrialização de mamona, vai contar com investimentos de R$ 40 milhões e gerar 10 mil empregos diretos. As famílias dos trabalhadores terão direito à habitação, saúde e educação.

A proposta é implantar uma área de 40 mil hectares de mamona.
– Ao final de 10 anos, as famílias que cumprirem com as obrigações vão receber o título de posse definitivo da terra, continuando inseridas no mesmo projeto de produção de mamona para composição de biodiesel , explica o governador Wellington Dias.

– O que nós criamos é uma forma de organizar a produção e assentar as famílias em um núcleo onde a produção já esteja organizada. Então, a família vai ter condição de cuidar do seu lote dentro de um ciclo produtivo já absorvido pelo mercado, disse Nelson Corte, presidente da Enguia.

O projeto parece uma coisa simples, mas como a mamona requer o uso intensivo de mão de obra, só se viabiliza com a organização da agricultura familiar. Essa estruturação só é viável se ao final os assentados tiverem um resultado.

– Por isso a gente chama de reforma agrária privada, porque a empresa adquire as terras, cria toda infra-estrutura e assenta as pessoas. Na verdade estamos organizando as famílias. Elas passam a produzir a mamona, a gente passa a utilizar esse produto e, daqui a 10 anos quando a terra for delas, a gente tem a produção familiar organizada, explica o presidente da Enguia.

Serão trabalhados núcleos de aproximadamente 10 mil hectares, cada um com a condição de produzir cerca de 7 mil toneladas. Esse biodiesel vai servir para ser misturado com o óleo diesel. Assim como se mistura o álcool com a gasolina.

De acordo com o secretário da Indústria e Comércio do Estado do Piauí, Jorge Lopes, esse é um negócio com fins sociais e economicamente viável. Além disso, ainda tem o lado ecológico, uma vez que cada hectare de mamona retira da atmosfera oito toneladas de gás carbônico.

– Para se ter uma idéia da economia gerada, para cada barril de biodiesel que se produz, evita-se a importação de três barris de petróleo. E para cada emprego que é gerado na extração de petróleo, a gente pode ter 10 mil no plantio da mamona, desde que ele obedeça ao cultivo da agricultura familiar, explica Jorge Lopes.

As cidades e o Fome Zero
Campinas-SP

Campinas empossou, na sexta-feira passada, o seu Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (COMSEA). Criado pelo projeto de lei nº 11.545/03, o Conselho tem 39 titulares, e seus respectivos suplentes. Eles representam o poder público (26%), o empresariado (13%), os conselhos municipais (13%), as faculdades (13%) e os movimentos sociais (36%).

O objetivo do conselho é apoiar o planejamento e a execução do Fome Zero na cidade, através de projetos como a Nova Merenda Escolar, o Banco de Alimentos, o Selo de Qualidade e o Banco do Povo. Além destas ações, também se busca incentivar a produção rural e a geração de trabalho e renda.

– O Fome Zero é uma iniciativa do poder público, cuja ação é de toda a sociedade. Por isso, o COMSEA tem um papel fundamental de integrar e mobilizar todos os setores sociais – explicou a secretária Assistência Social e presidente do Conselho, Rita de Cássia Angarten Marchiore.

O Brasil que come ajudando
o Brasil que tem fome

1. A arrecadação de alimentos do programa Caixa Fome Zero superou, na semana passada, a marca de 400 toneladas. São alimentos coletados nas agências, a partir de iniciativas que reúnem funcionários, clientes e moradores das localidades onde a instituição está presente.

2. O ministério de Segurança Alimentar (MESA) informou que, a partir da sexta-feira passada, começaram a ser distribuídas novas cestas básicas para as famílias acampadas em Pernambuco. Serão entregues, em caráter emergencial, até 100 toneladas de alimentos aos recém i