O Metrô de São Paulo pode voltar a parar a partir de amanhã. O Sindicato dos Metroviários realiza assembléia na tarde desta segunda-feira, às 18h30, para discutir o encaminhamento da classe frente à posição do governo estadual de questionar o reajuste de 18,13% deferido pelos Tribunais Regional e Superior do Trabalho (TRT e TST).
Na última sexta-feira, o governo estadual pediu que o ministro Francisco Fausto, do TST, reconsidere a decisão – de reajuste em parcelas de 12,13% pagos imediatamente, 3% em janeiro de 2004 e 3% em março deste mesmo ano – e entrou com ação no Superior Tribunal Federal (STF), pedindo que o pagamento do reajuste só seja feito após uma decisão final do TST. O Metrô reclama que o aumento na folha de pagamento poderia comprometer o serviço, já que o orçamento da empresa seria remanejado.
Nesta tarde a diretoria do Sindicato realiza uma reunião para discutir o caso e, às 18h30, uma assembléia colocará a questão em pauta para toda a categoria. O Sindicato reclama que o Metrô teria contratado pessoas para distribuir panfletos nas estações, criticando o aumento requerido pelos funcionários.
O Metrô de São Paulo já ficou parado nos dias 17 e 18 do mês passado em função do não-pagamento de aumento determinado pelo TRT dois dias antes. A paralisação prejudicou ao menos 2,5 milhões de usuários do Metrô e provocou o segundo maior congestionamento de trânsito do ano na cidade.