A União Européia (UE) proibiu o trânsito, pelos países-membros, de uma lista de pessoas acusadas de ajudar criminosos de guerra da ex-Iugoslávia a fugir da justiça. Embaixadores da UE aprovaram a proibição depois que os ministros dos países-membros concordaram, na segunda-feira, em ampliar os esforços para levar criminosos de guerra indiciados aos tribunais.
Sob a nova norma, as nações que compõem a UE “tomarão as medidas necessárias para evitar a entrada nos, ou o trânsito pelos, seus territórios das pessoas” que compõem a lista.
Os países se comprometem a manter fora da União qualquer um que “obstrua” os esforços do tribunal internacional para a ex-Iugoslávia no sentido de capturar os suspeitos indiciados ou aqueles “envolvidos em atividades que ajudem pessoas em fuga a continuar a evadir a justiça”.
A decisão vem no momento em que a promotora da ONU para crimes de guerra, Carla Del Ponte, aumenta a pressão sobre altos funcionários da União Européia para que esforcem mais na captura de suspeitos da Sérvia, Bósnia e Croácia.
Até agora, dois nomes compõem a lista negra européia – Momcilo Mandic e Milovan Bjelica, da Bósnia. Ambos estão, supostamente, associados ao fugitivo Radovan Karadzic.
Karadzic foi indiciado em 1995 pelo tribunal de crimes de guerra de Haia, na Holanda, por genocídio e outros crimes, cometidos durante a guerra da Bósnia, entre 1992 e 1995.