Cigarros, conta d´água e domésticas: vilões dos preços

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Publicado sexta-feira, 6 de outubro de 2006 as 12:27, por: CdB

Os principais responsáveis pela pequena alta na taxa de inflação, em setembro, segundo estudo do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), foram as despesas com cigarros, vestuário, empregados domésticos e a conta de água. O item empregados domésticos (1,97%) teve maior peso no bolso dos brasileiros, após o impacto do reajuste do salário mínimo ocorrido no ano. Na taxa de água e esgoto (1,89%), a alta foi percebida na região metropolitana de São Paulo, onde o reajuste médio foi de 6,7% em 31 de agosto. A capital paulistana responde por um terço do IPCA e registrou inflação de 0,18% no mês.

Os cigarros (2,72%) refletiram o reajuste ocorrido em 7 de setembro, em determinadas marcas. Já os artigos de vestuário (0,46%) subiram de um mês para o outro devido ao lançamento da coleção primavera-verão. O destaque de queda de preços ficou novamente com os combustíveis: a gasolina praticamente manteve seus preços inalterados (-0,05%), enquanto o litro do álcool ficou 3,76% mais barato.

O grupo alimentação e bebidas teve alguns itens em alta: tomate (17,33%), frango (5,27%), carne-seca (4,81%), pescado (2,46%) e carnes (2,32%). Mas a maioria dos produtos alimentícios ficou mais barata.

Oficial

O IBGE também divulgou os dados da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado nas negociações salariais, que apresentou variação de 0,16% em setembro, acima do resultado de agosto (-0,02%). O acumulado do ano (1,32%) ficou bem inferior ao de agosto do ano passado (3,47%), e o dos últimos doze meses (2,86%) manteve-se praticamente inalterado em relação aos doze meses imediatamente anteriores (2,85%).

O IPCA se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos. O INPC, às famílias com rendimento de 1 a 6 salários-mínimos.