Inflação oficial fecha setembro em ligeira alta

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Publicado sexta-feira, 6 de outubro de 2006 as 12:17, por: CdB

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,21% no em setembro. A taxa ficou a cima dos 0,05% registrados em agosto. Com o resultado de hoje, a inflação oficial acumulada no ano é de 2% e de 3,70% nos 12 meses encerrados em setembro, o menor desde junho de 1999 e também abaixo do centro da meta de inflação deste ano, de 4,5%. Os dados foram divulgados há pouco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado ficou próximo da ponta mais alta das estimativas de analistas de mercado. A média das previsões era de 0,16%.

As principais influências sobre o IPCA em setembro foram as despesas com cigarros, após o reajuste de algumas marcas, salários de empregados domésticos, taxa de água e esgoto e artigos de vestuário com a nova coleção, segundo o IBGE. Os preços de alimentos continuaram em relativa estabilidade, com alta de 0,08% em setembro. A gasolina também manteve-se praticamente estável e o litro da gasolina ficou mais barato.

O IPCA mede a variação dos preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Goiânia.

Terceira idade

A inflação para a terceira idade acelerou no período de julho a setembro, mostrou um indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira. O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade apresentou alta de 0,50% no terceiro trimestre, bem acima da taxa de 0,07% apurada no trimestre anterior. As maiores contribuições para a elevação da taxa partiram dos grupos Alimentação, Habitação e Saúde e cuidados pessoais.

“Essas três classes de despesa responderam por mais de 90% da variação acumulado no período”, apontou a FGV em comunicado.

O grupo Vestuário foi o único que registrou queda na taxa de variação trimestral, de 1,15%, ante avanço de 3,17% no período anterior. No ano, o indicador acumula alta de 1,4% e nos últimos 12 meses, de 2,95%. O índice revela como o comportamento dos preços afeta o custo de vida de famílias majoritariamente compostas por pessoas de mais de 60 anos.