Polícia prende suspeitos de matar a médica perita do INSS

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Publicado quinta-feira, 5 de outubro de 2006 as 21:13, por: CdB

Três homens foram presos nesta quinta-feira pelas polícias Federal e Civil de Minas Gerais. Ainda foi anunciada a apreensão de um um menor, suspeitos de participação no assassinato da chefe do serviço de perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Governador Valadares (MG), Maria Cristina Souza Felipe da Silva, de 56 anos. Ela foi morta a tiros na porta de sua casa no dia 13 de setembro, mesma data em que os médicos peritos deflagraram uma paralisação nacional cobrando mais segurança no trabalho.

Os delegados responsáveis pela investigação concluíram que o assassinato foi encomendado pelo despachante José Alves de Souza, de 58 anos. Conhecido como “Zuza”, Souza comandaria um esquema de concessão de benefícios ilegais. Desde o início das investigações, as polícias e o Ministério Público Federal (MPF) trabalhavam com a hipótese de que o crime tivesse relação com o cargo ocupado pela vítima.

Foram presos também os irmãos Ricardo Pereira dos Anjos, de 27 anos, e Rodolfo Pereira dos Anjos, de 20, apontados como intermediários do crime. Rodolfo, segundo o chefe da PF em Governador Valadares, delegado Rui Antônio da Silva, foi contratado por Zuza para matar a médica, mas repassou a tarefa para o irmão. Ricardo, vulgo “Cacá”, contratou o menor A.P.A, de 17 anos, que confessou ter feito os disparos que mataram a perita do INSS.

O despachante encomendou a morte da médica por R$ 3 mil, valor dividido entre os contratados e ainda teria fornecido a arma usada para matar Maria Cristina. Todos confessaram a participação no assassinato, mas os policiais desconfiam que eles possam estar ocultando informações ou outros envolvidos. De acordo com o delegado Wagner Pinto, da Divisão de Crimes contra a Vida (DCcV) da Polícia Civil mineira, Zuza mandou matar a médica porque ela iniciou um processo de revisão dos benefícios concedidos de forma fraudulenta.

– Ele se sentia prejudicado pela vítima em razão das análises periciais que a vítima estava fazendo e revendo algumas dessas perícias -, disse o delegado.