O tenista Gustavo Kuerten segue a rotina de treinos para voltar a competir em alto nível. O brasileiro, que sofre com um problema no quadril, contou que em algumas oportunidades chegou a ser afoito para voltar logo ao circuito profissional. Hoje, ele garante que espera o tempo que for preciso para regressar bem.
– Das outras vezes, eu não tinha tanto conhecimento de lesão no quadril. Fui muito afoito para querer voltar aos torneios – comentou o tenista.
– Hoje, eu posso esperar mais três, seis, nove meses, mas quando voltar quero estar bem. Vejo que não está muito distante, mas prefiro ir devagar – emendou o brasileiro, tricampeão do Aberto de Rolando Garros (1997, 2000 e 2001).
Confiante no retorno, Guga afirmou que respeita a opinião das pessoas que não acreditam na sua volta por cima.
– Enquanto eu não provar ao contrário é um direito deles pensarem assim. Mas ainda não acabou.
– Tem mais chance de eu voltar a jogar do que quando eu tinha 14 anos alguém me convencer que eu seria o número 10 do mundo, por exemplo – comparou Kuerten, que chegou a liderar o ranking da ATP.
O brasileiro ainda comentou dos retornos frustrados que já teve. No ano passado, jogou somente 16 partidas. Neste ano, apenas uma.
– Eu conseguia alguns objetivos (nos retornos), mas nunca o objetivo real de voltar 100%, sem nenhum problema.
– Já passei situações mais complicadas e conquistei coisas mais inesperadas. Esporte é assim, obstáculos que vão surgindo – salientou o tenista.
Um dos motivos que faz Guga ter confiança no seu retorno em alto nível é o trabalho do fisioterapeuta Nilton Petroni. Conhecido como Filé, ele participou da recuperação de Ronaldo antes da Copa do Mundo de 2002, quando o atacante se tornou o artilheiro da competição e conduziu o Brasil ao pentacampeonato.
– Gustavo Kuerten está muito próximo de voltar a jogar. Ele vai ser uma surpresa para a gente – apostou Filé, antes de explicar o trabalho que está sendo feito no quadril do tenista.
– A intenção é equilibrar ele. Não só o quadril, ele todo. Para quando ele fizer o movimento para rebater a bola ele fazer sem compensação para não sentir sobrecarga.